quarta-feira, 30 de junho de 2010

ESPÍRITO DA ALMA - A COPA - CENA 04

CENA 04 (Atônitos com o berro vindo da cozinha, Ricardo e Fátima não se mexem. Silvia grita ao reconhecer a voz de Adalberto. Na coxia ouve-se as gargalhadas.)

Silvia – Adalberto?
Ricardo – É pode ser, quero dizer é, talvez...
Fátima – Será que tá tudo bem com ele? Só ri...
Silvia – Ele estava então todo tempo aqui?
Ricardo – Olha Silvia foi uma surpresa...
Fátima – É a gente não sabia o que fazer. Ai joguei água nele, não viveu, trocamos de roupa e quando enfiei um monte de pipoca na boca dele...
Silvia – Você realizou meu sonho com as pipocas...
Ricardo – Ele acordou com as pipocas, mas logo em seguida...
Fátima – Desfaleceu, aí você chegou, ficamos apavorados e colocamos ele de volta na mesa da cozinha. (Adalberto da coxia assopra a corneta. Eles se assustam.)
Silvia – Pelo jeito ele acordou totalmente.
Ricardo – Mas agora está tudo bem...
Silvia (Olha para os dois.) – Como tudo bem??? O que meu marido veio fazer aqui durante a noite?
Fátima – Ué ele não é sonâmbulo? Veio andando ou tomou o elevador, é um sonâmbulo moderno.
Silvia – Tem certeza que sua esposa não tem um caso com meu marido???
Fátima (Irritada.) – Que é isso, claro que não e eu quero ter algo com um sonâmbulo??
Ricardo – Pra falar a verdade pensei nisso, mas ela me jurou que não.
Silvia – Sei, e você ingênuo acreditou?
Fátima – Olha aqui sua viúva sem ser. Eu não sou dessas não. Eu sei dá valor ao meu marido... (Eles são interrompidos com a entrada de Adalberto na sala assoprando sua corneta e gritando.)
Adalberto – Já ganhou, já ganhou... (Olha todos espantado. Olha para sua roupa. Ele vai desmaiar quando Fátima o interrompe.)
Fátima – Ah não chega dessas crises de morte, acaba com esse faniquito, vai seja homem pelo menos uma vez, assim até o público cansa.
Adalberto (Se recompõe.) – Nossa você acaba com qualquer personagem...
Silvia (Puxa Adalberto para a cena de boca.) – Quero uma explicação de como veio parar aqui nesse apartamento com essa sua companheira de futebol.
Adalberto – Só pode ter sido mais uma crise de sonambulismo. Depois de catalepsia...
Silvia – Essas suas crises já estão no meu limite. Toda hora, toda hora e cada vez te encontro em um apartamento diferente.
Adalberto (Olha para Ricardo e Fátima. Dá um aceno, um sorriso.) – Querida disfarça, sabe que minhas crises têm um motivo.
Silvia – Eu não quero ser cúmplice de nada você sabe disso.
Adalberto – Esta é a última vez depois a gente conversa. (Eles voltam a se reunir com Ricardo e Fátima.)
Ricardo – Então tudo bem???
Fátima – Olha pode ficar a vontade.
Adalberto (Grita. ) – O jogo!!!
Fátima – Nossa esquecemos, mas ainda dá tempo tá um a zero!!! (Os dois sentam. Ricardo e Silvia apenas observam.)
Silvia – Adalberto vamos ver o jogo em casa.
Adalberto – Vamos ficar tá quase no fim.
Ricardo (Olha para Silvia.) – Agora ninguém consegue falar com esses dois!
Silvia – Ah as pipocas poderiam ter funcionado...
Adalberto – Tô livre das pipocas engoli e sobrevivi.(Ele assopra a corneta. Fátima grita.)
Ricardo – Meu Deus essa copa tem que acabar logo!!!
Silvia – Eles se merecem...
Ricardo – Será? Quem merece quem?
Fátima – Tá vendo como é perneta, tem tanto jogador bom e esse técnico coloca essas galinhas secas pra jogar.
Adalberto – Tudo conchavo, panelinha...
Silvia – Panelinha vou acertar ele sabe bem aonde.
Ricardo – Cuidado pode ficar sem seu marido, uma panelinha pode deflagrar uma crise de morte.
Silvia – Não se preocupe essas crises acontecem por um objetivo concreto.
Ricardo (Curioso.) – Ah é? Que objetivo? Então é uma farsa??? O que tem por trás disso?
Fátima – Farsa? Você falou farsa Ricardo?
Adalberto – Farsa? Que farsa?
Silvia – Apenas uma conversa de panelinha.
Fátima (Levanta.) – Não gostei não.
Adalberto (Levanta.) – Eu também não vocês ai juntos com tititi...
Ricardo – Apenas Silvia me falou que suas crises parecem ter momento certo para acontecer.
Adalberto – Silvia não gosta mais de mim e inventa essas coisas.
Silvia – Eu invento... Posso falar tudo... (Adalberto agarra Silvia pelo braço.)
Adalberto – Cala tua boca.
Ricardo – O que tá acontecendo aqui?
Fátima – Barraco aqui só eu e o Ricardo se querem fazer barraco vão para o apartamento de vocês. Vizinhos, vizinhos, barraco a parte!
Adalberto – Fátima você sabe o que eu faço...
Ricardo e Silvia – Sabe?
Fátima – Eu sei, não eu não sei nada...
Adalberto – Agora são todos inocentes.
Ricardo – Eu sabia que havia algo mais entre vocês, suas panelinhas!
Fátima (Quase agarrando Ricardo.) - Juro que não há nada, só queria...
Silvia – Queria o quê? Desfazer minha panelinha com Adalberto? Então conseguiu. (Ela começa a chorar.)
Adalberto – Chega Silvia essas lágrimas de pardal não resolvem nada.
Silvia – Deixa eu com minhas lágrimas, sabia que não ia dar certo e são lágrimas de crocodilo!
Ricardo – E pouco importam de quem sejam as lágrimas, existe uma farsa aqui e quero saber o que é!
Fátima – Antes de batermos a roupa suja vou pegar as pipocas na cozinha. (Ela sai de cena.)
Ricardo – Só essa agora comer pipoca para resolver os problemas.
Adalberto – Que problemas? Não temos problemas. (Fátima coloca a cabeça para fora da coxia para ouvir eles não percebem.)
Silvia – Vestida de Pipoca, um bom nome para uma peça de teatro.
Fátima (Da coxia.) – Disfarçam bem para eu não saber nada... (Eles se assustam.)
Ricardo – Vai pegar essas benditas pipocas!!!
Fátima – Não sou boba. Fiquei aqui para ver o que tramam.
Adalberto – Tramamos nossa saída dessa loucura.
Silvia – Loucura. Quem é louco? Ela que vai pegar pipoca parece doida.
Fátima – Doida você vai ver. Me aguarde. Agora vou pegar a pipoca. (Ela sai de cena. Os três ficam a se olhar. De repente um grito da coxia.)
Fátima (Na coxia.) – Ahhhhhhhhh, morto, morto... (Ela volta correndo com uma bacia de pipoca, comendo desesperada.)
Ricardo – O que você viu?
Silvia – Adalberto o que você fez na cozinha?
Adalberto – Nada, nada que mate, espero...
Fátima (Para, olha para Adalberto com olhos arregalados.) – Ele está morto sobre a mesa da cozinha nu... (Todos olham para ele que se afasta em posição de defesa.)
(Na próxima semana a última cena.)


"Vídeo Arte" - O Julgamento de Joana D´Arc - Criação e improvisação dos atores. Um teleteatro ao vivo onde os atores fazem de um drama uma verdadeira comédia! A fogueira vira um saco de gargalhadas! E o comercial um efeito super especial!!!

"Vídeo Arte" - Deniece Williams - "Let´s Hear It For The Boy" - Vamos ouvir isto pelo garoto - Ouvimos o que precisamos? Ou aquilo que nos convém? Ouvimos para ajudar ou fazer fofoca, como estamos usando nossos ouvidos!

terça-feira, 29 de junho de 2010

O ESPÍRITO - CASAR OU NÃO CASAR, EIS A QUESTÃO?!

Olá pessoal para variar mais uma questão do livro “O Consolador” sobre afeição hoje abrangendo o casar aqui na Terra!

Questão 179 – No capítulo das afeições terrenas, o casar ou não casar está fora da vontade dos seres humanos?
- O matrimônio na Terra é sempre uma resultante de determinadas resoluções tomadas na vida do infinito, antes da reencarnação dos espíritos, seja por orientação dos mentores mais elevados, quando a entidade não possui a indispensável educação para manejar as suas próprias faculdades, ou em conseqüência de compromissos livremente assumidos pelas almas, antes de suas novas experiências no mundo; razão pela qual os consórcios humanos estão previstos na existência dos indivíduos, no quadro escuro das provas expiatórias, ou no acervo de valores das missões que regeneram e santificam.

Uma das questões que incomodam a muitos é se irão casar ou não durante a encarnação aqui na Terra. A grande maioria vem com a programação de casar, ter alguém, outros não, isso tudo depende das necessidades de cada um.
Mediante as nossas vidas passadas, nossos comprometimentos entre as almas com as quais tivemos relacionamentos passados, escrevemos para o nosso presente o casar ou não.
No caso do casar, isso se dará conforme for necessário a cada espírito e ao que foi deixado nas outras vidas, ou seja, podemos ter ainda vários débitos com nossos parceiros, certas coisas ainda não foram acertadas e há necessidade do casamento para que ambos possam aprender juntos como ter um relacionamento melhor, como conseguir criar uma afeição mútua, respeitar as imperfeições um do outro, a necessidade de ajuda de ambos para poderem vencer as batalhas da vida, será um relacionamento de aprendizado, com algumas dificuldades, mas se os dois souberem lidar com as circunstâncias tudo tende a dar certo.
Em um casamento onde haja mais dificuldades, mais revoltas, mais brigas, é uma união de provas mais duras, porém necessária para que as almas tentem acabar com suas animosidades, precisam neste caso driblar seu orgulho, egoísmo, autoritarismo, é uma grande luta para que tudo possa alcançar o objetivo de boas conquistas.
Pode ser também um casamento onde ambos irão aprender muito e até ter alguma missão um para com o outro, de ajudar, de cuidar, de compreender, ter mais compaixão.
O importante é que dentro de um casamento todos possam se respeitar, ser sinceros, amigos, tentarem um diálogo a todo momento para poderem passar por esta fase com sabedoria e harmonia, não importando o tipo de casamento.
O que não podemos é casar com a idéia que se não der certo é só separar e partir para outro, hoje em dia os relacionamentos parecem um guarda roupa, pego um aqui se não servir pego outro ali, troca-se de parceiros como de roupa. O casamento virou descartável, e no fim volta-se na próxima encarnação talvez tendo que casar com o mesmo espírito se não resolvermos bem o nosso relacionamento atual.
Precisamos respeitar mais nossos relacionamentos, tentar e tentar dentro do casamento, não podemos por qualquer briguinha separar, estamos sendo crianças e ingênuos. O diálogo é sempre a melhor forma de se resolver as coisas.
E também não vamos nos culpar quando o relacionamento não der certo, se tentamos de tudo e não funcionou, a separação é melhor para que duas almas não se machuquem emocionalmente e sentimentalmente e possam continuar suas vidas, porém sempre com a noção que um dia precisarão retomar o que foi deixado para trás!
Casar ou não casar eis a questão? Cada um viverá o que for necessário com relação às escolhas feitas então vamos tentar escolher bem para bem viver.


"Vídeo Arte" - Programa Feminino - "Diversidades" - Criação e improvisação dos atores - Um programa onde a receita é feita rapidamente, o debate fica no meio do caminho e o horóscopo duvidoso deixa todos confusos... Aliás um programa confuso... Produção pobre... E o ibope???


"Vídeo Arte" - Marília Pera em "Brincando Em Cima Daquilo" - Pedido de Bruno Cavalcanti.


"Vídeo Arte" - Marília Pera - "Brincando Em Cima Daquilo" - Pedido de Bruno Cavalcanti. Tudo a ver com o nosso tema de hoje!!! Delicioso!!!


"Vídeo Arte" - Bonnie Tyler - "Total Eclipse Of The Heart" - O eclipse total do coração - Quais nossos verdadeiros impulsos? Nossos desejos? O que vai pelo nosso coração???

segunda-feira, 28 de junho de 2010

CRÔNICA DA ALMA - NÓIS SAMO CAIPIRA SÔ!

O mês de junho está terminando e com ele mais uma temporada de festas juninas. Fez sua promessa ou simpatia para Santo Antônio??? Agora só o ano que vem!
É um mês esperado justamente por causa dessas festas que muitos chamam de caipira por terem como contexto toda uma cultura do interior do nosso país.
Todos praticamente curtem ir à festa junina, todas escolas fazem seu “arraia” assim como igrejas e outras religiões, é uma febre que acontece há várias décadas.
Desde que eu era criança freqüento essas festividades, dançava na escola, ajudava a decorar, depois em certa fase adulta esquecemos disto, vamos, mas não participamos na colaboração. Quando entrei para o espiritismo voltei a participar das atividades de preparação e até voltei dançar a famosa quadrilha, isto foi durante um tempo quando coordenava a mocidade do centro, hoje a festa continua a acontecer, contudo só participo como convidado, vou, como, vejo a quadrilha e curto o clima da festa, além de ir em outras festas juninas pelo bairro.
E seja onde for a festa o clima de tudo muito íntimo de compadre e comadre estão em toda parte. Em uma festa junina todos ficam iguais porque a comida, a dança, as festividades são a mesma para todos, não há opções para públicos diferentes, todos curtem se vestir de caipira, usar chapéu de palha, dançar e principalmente comer as comidas típicas, pipoca, canjica, paçoca, milho verde, bolos, amendoim, e outras comidas que não são tão típicas da festa, mas que se incorporaram de alguma maneira nas tradições juninas.
Outra coisa a reparar é na simplicidade da festa, bastam algumas barracas de comidas, música caipira, ou não, hoje há festas que tocam de tudo, tempos novos, pessoas dispostas a realizar, ajudar, e pronto a festa junina está armada.
Há também um clima de infância, de ser criança de novo por todos participarem das brincadeiras normais das festas, é um momento onde todos nós podemos recrear na maior sem vergonha da maneira que estamos vestidos, somos ou o que comemos. A festa junina coloca todos em pé de igualdade.
A quadrilha geralmente é ensaiada antes, tem o puxador que conta uma história, o noivo que quer fugir, a pai com a espingarda, a noiva desesperada para casar e a mãe que só grita e chora... Quando não há ensaios, a quadrilha acaba sendo armada na hora mesmo, as pessoas que querem dançar se juntam e mandam ver na dança dos caipiras.
O que encanta nestas festividades é essa simplicidade de tudo, comida, vestimenta, dança, brincadeiras, decoração que contém bandeiras coloridas e balões pendurados, juntamente com uma tranqüilidade em tudo.
Seria ótimo se esse clima de simplicidade fosse levado para nossas vidas, se tudo nós pudéssemos ver e fazer de modo simples, ninguém querer ser mais que o outro, ninguém querer se vestir, comer, usar acessórios de grife e esnobar o próximo. Poderíamos aprender com o povo do interior para ser mais simples, tranqüilos, deixar a cidade mais colorida e mais agradável aos olhos.
As festas juninas são uma prova de como podemos mudar nossos hábitos e nos divertir muito mais com a vida. Afinal para progredir não precisamos ser esnobes e esquecer que a maioria de nós tem um início de vida bem simples!!!
Vamos continuar a dançar a quadrilha da vida com muita simplicidade e fazer que as festas juninas possam durar eternamente em nossas almas!



"Vídeo Arte" - Entrevistas com as Estrelas - Criação e improvisação dos atores! Televisão ao vivo é assim mesmo cheia de erros, nomes trocados, perda de roteiro, o erro de comercial, mas com um clima década de 50, um jeito Tupi de ser!


"Vídeo Arte" - Toto - "Rosanna" - Um nome, uma pessoa, uma fascinação... Quais os riscos???

sexta-feira, 25 de junho de 2010

ESPÍRITO EM CENA - ATOR EM EXERCÍCIO!!!

Neste último domingo fizemos mais improvisos. No aquecimento apliquei exercícios básicos que há muito tempo não fazíamos, isso é bom para todo elenco e principalmente para os iniciantes que temos agora. Revisitamos o andar no palco, postura, conversa com os olhos e conduzir o cego. Todos conseguiram desenvolver o que era necessário, algumas risadas, desconcentração, mas normal dentro do elenco.
Todos esses exercícios trabalham a confiança no outro, a concentração, a capacidade de olhar e falar para o outro que é essencial no palco. Quando atores interpretam o olhar no olho do outro, a confiança de cena, a cumplicidade é importante para que as cenas sejam bem encenadas. A velha química de palco, com alguns isso é espontâneo com outros é através dos exercícios que se conquista as afinidades comuns para que haja uma fluência no palco na hora que atuarem. De modo geral todos nós precisamos sempre educar nossa concentração, criar empatia com o outro, saber dividir o trabalho de forma cooperativa, de equipe sem competições, sem querer ser um melhor que o outro.
O aquecimento e exercícios são de importância fundamental para o elenco, todo ator necessita estar dentro desses jogos teatrais porque sempre desenvolvemos melhor nossa capacidade de interpretar e entender a nós mesmos e o outro.
Ao final dei o jogo dos quadros ou fotos, eles andam pelo espaço e quando eu grito foto ou quadro e dou uma situação tipo casamento, velório, festa, etc... Eles param e formam parados os quadros em conjunto. Fizeram muitas loucuras nesse momento, trabalhamos expressão corporal, facial, sentimentos, olhar e concentração.
Logo depois entramos no campo das improvisações. Desta vez dividi em quatro grupos e dei quatro situações, uma para cada grupo, e expliquei que haveria uma mudança de tipo de encenação. Quando a improvisação começasse no drama no meio da encenação eu faria um sinal para eles mudarem para comédia e quando fosse comédia para drama.
Distribui as situações e eles criaram as personagens e o desenvolvimento das histórias. Só falei quem começaria com drama ou comédia e depois tudo seria desenvolvido na hora. Eles não sabiam que hora eu faria o tal sinal para mudarem o tipo de encenação.
Começamos com Quadrilha, irmãos em situação precária tentam arrumar a vida roubando um banco. Começou como drama e terminou em comédia. Depois veio Herança, de novo irmãos recebem uma herança misteriosa dentro de uma caixa e tentam abri-la, começou como comédia e terminou em drama. Em seguida veio Sequestro, duas amigas seqüestram um suposto cantor famoso, começou como drama e terminou como comédia e por último A Vida de Emily, a história de uma órfã em um orfanato que espera pais que a adotem, e aparece um casal meio suspeito e Emily consegue se livrar dos dois, começou como comédia e virou drama. Essas foram as criações dos atores (vídeos destas encenações foram postadas de segunda até quinta.) eles desenvolveram as cenas, as personagens, cenário, figurino. No geral foram apresentações melhores que da última semana principalmente por terem criado melhor as personagens, elas tinham um objetivo, elas tinham uma história, isso ajuda na trama, quando o ator conhece e sabe as intenções da sua personagem, sabe as razões porque ela toma tal atitude, a encenação tende a ter melhor desenvoltura.
Contudo em alguns momentos a comédia ou o drama não apareciam, algumas cenas dentro das improvisações ficaram em meio termo, sem tipo definido, ou foram longas e isso é um perigo dentro da improvisação, porque se pode perder o fio da história e não conseguir o objetivo ao final. O tempo de saber improvisar, saber até onde levar a encenação é muito importante.
Quadrilha faltou um pouco de ritmo. Herança se perdeu no objeto de cena, ele tomou conta neste caso a caixa com a herança. Sequestro foi no tempo certo da improvisação e com surpresas para o público. A Vida de Emily se perdeu nas encenações entre comédia e drama, mas teve um final bem realizado. Aliás, foi a única que conseguiu um final bom para a história. Esbarramos nos finais rápidos, sem objetivos ou sem final, tipo acaba e não percebemos. Precisaremos trabalhar final de histórias.
No próximo ensaio teremos mais improvisações as quais serão direcionadas para nossa próxima produção aguardem mais notícias!
Muito trabalho pela frente na nossa nova peça que será uma homenagem, o texto quase terminado, vamos trabalhar comédia, drama, melodrama, um pouco de improviso, nossa vai ser uma coisa de loucos montar, aguardem aos poucos vou desvendar essa nossa nova produção!
Teatro é um exercício constante na vida do ator!

Álbum Alma Espírito!!!
Quadro de um Casamento! Alguém quer casar? Quem? Vale a pena? O que é casar?

Quadro de um Velório! Choro? Alegria? Susto? Não sabemos!!!

Quadro de Santos! Santos??? Ninguém é santo!!!!




"Vídeo Arte" - Men At Work - "Who Can It Be Now?" - Quem pode ser agora? - Quem chegará em nossa vida? Quem ainda pode aparecer? Abriremos a porta???

quinta-feira, 24 de junho de 2010

ALMA CULTURA - SÉRGIO CARDOSO

Cardoso, Sergio (1925 - 1972)

Biografia

Sérgio da Fonseca Mattos Cardoso (Belém PA 1925 - Rio de Janeiro RJ 1972). Ator, diretor e cenógrafo. Homem de teatro identificado com a renovação teatral brasileira na década de 50, enérgico e vitalista em suas criações. Trabalha no Teatro dos Doze, Teatro Brasileiro de Comédia, Companhia Dramática Nacional e em funda a Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, responsável por uma produção
Já nas montagens escolares em colégios jesuítas, destaca-se fazendo imitações e cenas que entretinham a família. Aceita um convite para desempenhar Teobaldo, na montagem de Romeu e Julieta do Teatro Universitário, TU, conduzida por Esther Leão, em 1945. Forma-se em direito pela PUC/Rio em 1947.
Prepara-se para a carreira diplomática, ao vencer um concurso para desempenhar o protagonista de Hamlet, aos 22 anos, cuja estréia em janeiro de 1948 marca sua definitiva entrada para o teatro, pelas mãos de Paschoal Carlos Magno. Com outros colegas oriundos do amadorismo universitário funda, a seguir, o Teatro dos Doze, onde distingue-se em Arlequim Servidor de Dois Amos, de Carlo Goldoni; Tragédia em New York, de Maxwell Anderson, e Simbita e o Dragão, infantil, de Lúcia Benedetti, encenações de 1949 conduzidas por Ruggero Jacobbi em parceria com Hoffmann Harnisch.
No mesmo ano, seguindo Jacobbi em sua entrada para o Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, protagoniza O Mentiroso, também de Carlo Goldoni, outro significativo marco em sua carreira. Em 1950, interpreta Jean-Paul Sartre, Entre Quatro Paredes (Huis Clos), e Anton Tchekhov, em Um Pedido de Casamento, direções de Adolfo Celi.
No TBC integra algumas das grandes realizações da companhia, tais como Os Filhos de Eduardo; A Ronda dos Malandros, de John Gay; A Importância de Ser Prudente, de Oscar Wilde, em que é dirigido por Luciano Salce; e, com o mesmo diretor, atua em Anjo de Pedra, de Tennessee Williams, na qual divide todas as atenções com Cacilda Becker, criações também de 1950.
Faz a cenografia de O Inventor do Cavalo, de Achille Campanile, com direção de Luciano Salce, considerada inovadora para a época.
Novos sucessos o aguardam em Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, em 1951; assim como no duplo papel criado para Convite ao Baile, de Jean Anouilh; Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring e, sobretudo, Ralé, de Máximo Gorki, vigorosa encenação de Flaminio Bollini.
Diálogo de Surdos, peça que Clô Prado escreve especialmente para ele, data de 1952, mesmo ano em que é escalado para a comédia Inimigos Íntimos, de Pierre Barillet e J. P. Grédy, e como o mensageiro de Antígone, com as peças de Sófocles e Jean Anouilh. Casado com a atriz Nydia Licia desde 1950 e sentindo-se desprestigiado na companhia paulista, o casal aceita encabeçar o elenco carioca da recém-criada Companhia Dramática Nacional, CDN.
Nesse conjunto, participa de A Falecida, de Nelson Rodrigues, com direção de José Maria Monteiro, em 1953, e A Raposa e as Uvas, de Guilherme Figueiredo, sendo dirigido por Bibi Ferreira. Em 1953, encena Canção Dentro do Pão, de Raimundo Magalhães Junior, arrebatando os prêmios Saci e Governador do Estado de São Paulo de melhor ator, despedindo-se da companhia.
Em 1954, ao lado de sua mulher, cria a Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, com um repertório nacional: Lampião, de Rachel de Queiroz e Sinhá Moça Chorou, de Ernani Fornari. Para reformar o antigo Cine Espéria, futura sede da companhia, aceita ir para a televisão e participar de montagens avulsas, como A Ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas, novamente sob o comando de Bibi Ferreira, em 1955. Finalmente, em 1956, é inaugurado o Teatro Bela Vista, com nova e reformulada versão de Hamlet, de William Shakespeare, encenação do próprio Sergio, elogiada pela crítica, em que é o protagonista, interpretação premiada com o Governador do Estado de São Paulo.
À frente do empreendimento, desdobra-se como ator, diretor e cenógrafo. Algumas grandes criações surgem então, como Henrique IV, de Luigi Pirandello, em 1957, em que é novamente premiado com o Saci de melhor ator, e Vestido de Noiva, encenação inteiramente distinta daquela de Os Comediantes. A necessidade de expandir o empreendimento leva o casal a longas excursões pelo país. Em 1960, o casal separa-se, a companhia se desfaz, e Sergio passa a aceitar trabalhos fora, como Calígula, em 1961, para a Escola de Teatro da Bahia, com direção de Martim Gonçalves.
Com Cacilda Becker faz A Visita da Velha Senhora, de Dürrenmatt, direção de Walmor Chagas, em 1962; Gog e Magog, de Roger MacDougall e Ted Allan, sob a direção de Alberto D'Aversa em 1964, e sua última aparição nos palcos: O Resto é Silêncio..., em que se autodirige em monólogos de Shakespeare.
Na TV Tupi protagoniza algumas novelas, alcançando reconhecimento nacional, como O Sorriso de Helena, O Cara Suja e, sobretudo, o dr. Valcourt de O Preço de uma Vida. Como o português Antônio Maria atinge o exterior, ganhando a Ordem do Infante D. Henrique do governo português.
Na TV Globo participa de O Santo Mestiço, A Cabana do Pai Tomás, A Próxima Atração, Assim na Terra como no Céu, Pigmalião 70 e Meu Primeiro Amor, trabalho interrompido pela morte súbita. No cinema, sua maior criação foi em Os Herdeiros, de Cacá Diegues, ao lado de Odette Lara, em 1970.
Sua encenação de Vestido de Noiva recebeu incontáveis elogios, como o do crítico Martins Júnior: "Assistindo à reprise de Vestido de Noiva pela Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, o que mais nos impressiona, por derrisão que provocar nossas palavras, é a encenação, é a moldura admirável que Sergio Cardoso deu à obra, a qual - e casos como este são raríssimos - é valorizada no palco, coisa que há muito não testemunhávamos em nosso teatro. Tirando magnífico partido da sonoplastia, da iluminação, projetando o palco além das quatro paredes que o delimitam e com um expediente simples, mas de notável efeito cênico - referimo-nos à faixa central iluminada - Sergio Cardoso e seus colaboradores conseguiram realmente criar o 'clima' sugerido pelo original e fazer mais do que o próprio Nelson Rodrigues seria lícito esperar".
Fonte: Itaú Cultural Teatro



"Vídeo Arte" - A Vida de Emily - Criação e improviso dos atores. Menina esperta se livra dos dois malas!!! Vai longe...


"Vídeo Arte" - Sérgio Cardoso em algumas cenas de sua carreira na televisão. Magnífica a sua transformação em "O Médico e o Monstro"!


"Vídeo Arte" - REO - Speedwagon - "Keep On Loving You" - Continuo a te amar - Nosso amor persiste ao tempo? Amor eterno? Incondicional? Onde achamos...???

quarta-feira, 23 de junho de 2010

ESPÍRITO DA ALMA - A COPA - CENA 03

CENA 03 – (Ricardo e Fátima se desesperam com a campainha tocando e o corpo de Adalberto no chão.)
Fátima (Grita.) – Gollllllllllllll....
Ricardo (Grita.) – Golllllllllllll... Isso vamos gritar assim podemos demorar para abrir porque não ouvimos a campainha. Golllll...
Fátima – O que vamos fazer??? Golllllllllllllllllll...
Ricardo – Vamos recolher essas roupas dele e levá-lo para a cozinha. (Eles catam as roupas colocam em cima de Adalberto e começam a carregar o corpo. Ricardo puxa para o lado dele e Fátima para o dela. Eles fazem isso umas duas vezes e aí conseguem levar o corpo para a cozinha, fora na coxia.)
Ricardo e Fátima – Golllllll.... (Eles voltam da coxia a campainha toca.)
Fátima – Golllll... A gente abre?
Ricardo – Golllllllll... Melhor. Dá uma desculpa e despacha seja lá quem for.
Ricardo e Fátima – Golllllllllll... (Ele vai até porta do lado direito do palco e abre. Nesse meio tempo Fátima senta para ver o jogo na TV. Entra Silvia meio afobada.)
Silvia – Quanto tá o jogo?
Fátima (Olha para Silvia sem graça.) – Um a zero.
Silvia – É que vocês gritaram tango gol que pensei ver uma goleada.
Ricardo (Próximo de Silvia.) – É que nós somos exagerados mesmos. Adoramos futebol, a copa nem se fale.
Fátima – É verdade ficamos sem voz às vezes.
Silvia – Parece meu marido. Oh desculpe nem nos conhecemos. Eu sou Silvia do 37. Prazer (cumprimenta Ricardo e depois Fátima.)
Ricardo – Prazer Silvia. Ricardo.
Fátima – Fátima a seu dispor.
Silvia – Então vocês podem achar estranho, mas é que eu sei que meu marido Adalberto jogo futebol com você na academia e...
Fátima – Isso mesmo Adalberto é um jogador nato. Aconteceu alguma coisa com ele? (Ela dá uma olhada para Ricardo tipo dizendo vamos enrolar.)
Silvia – Pois é não sei. Ele sumiu de casa e tendo jogo da copa que ele gosta tanto, isso é muito estranho. Pensei que ele pudesse estar aqui...
Ricardo – Pensou é, mas ele não está.
Fátima – Talvez ele tenha saído para ver o jogo com os amigos.
Silvia – Acho que não... Posso me sentar?
Fátima – Mas que cabeça a nossa senta na boa. (Silvia senta e Ricardo senta ao seu lado, ela fica no meio dos dois.)
Silvia – Penso que algo mais sério tenha acontecido. Ele é sonâmbulo.
Ricardo e Fátima – Sonâmbulo?
Silvia – Isso. Ele sai às vezes pela casa. Outras peguei ele na rua. Mas acho que dormi muito pesado e não ouvi quando ele saiu. Ele também tem catalepsia.
Ricardo – Ah aquela coisa que morre mas não morre.
Silvia – Exatamente. Já teve algumas crises. Da primeira vez quase enterrei ele vivo, ainda bem que ele acordou no velório.
Fátima – Que sorte né Ricardo. (Olha para ele sem saber o que fazer.)
Ricardo – Pelo menos não é amante...
Silvia – Como?
Fátima – Nada, nada, Ricardo é meio matusquela. Então você acha que ele saiu por aí...
Silvia – Tenho certeza. Ele é um homem singular.
Ricardo – Singular?
Silvia – Não tem igual. Sonâmbulo com catalepsia. Fala a noite, ri, se bate. Diz que vê gente pela casa, na rua.
Fátima – Nossa ele é um fenômeno!
Ricardo – Singular com muita pluralidade de qualidades...
Silvia – E ele é alérgico à pipoca.
Ricardo e Fátima – Pipoca?
Silvia – Ele nem pode sentir o cheiro. (Ela pega a bacia de pipoca e começa a comer.) – Eu já adoro.
Ricardo – Mas o que acontece com ele exatamente?
Silvia – Com pipoca ele fica todo empipocado.
Fátima – Ele pode morrer?
Silvia – Não sei nunca testei...
Ricardo – Certo... Fátima meu amor vem aqui um pouquinho.
Fátima (Olha intrigada para Ricardo.) – Claro meu amor... Dá licença Silvia.
Silvia – Toda. (Eles levantam e vão para o lado direito do palco quase cena de boca e sussurram.)
Ricardo – Será que ele bateu com as botas?
Fátima – Talvez! Nossa que azar o cara morrer de pipoca aqui em casa. Toda vez que fizer pipoca vou me lembrar do Adalberto.
Ricardo – Fátima acorda. Se ele morreu como vamos contar isso para Silvia e dizer que o corpo está lá na cozinha?
Fátima – Quem sabe ele não teve outra crise de catalepsia?
Ricardo – Dá duas vezes seguidas?
Fátima – Isso não sei. Faz o seguinte fica aqui com ela que eu vou ver como ele está.
Ricardo – Tá legal. (Fátima sai para a cozinha. Sai de cena e Ricardo senta ao lado de Silvia que olha para a TV e come pipoca.)
Ricardo – Fátima foi ver algumas coisas lá na cozinha e já volta.
Silvia – Tudo bem. Sabe que nem gosto de futebol só acompanho por causa do Adalberto. E você gosta?
Ricardo – Não muito, só vejo também por causa da Fátima.
Silvia – Que coisa dois casais com parceiros de gostos bem diferentes. Às vezes tenho raiva de Adalberto. Só futebol, futebol. Sabe que já achei que ele tinha um caso com a sua mulher.
Ricardo – É mesmo?
Silvia – Mas tirei da cabeça. Adalberto não chegaria a tanto é frouxo.
Ricardo – Que bom... Fátima gosta de futebol e ela me conta tudo o que acontece na academia.
Silvia – Conta mesmo? Adalberto não me conta nada. Fechado feito um cofre forte. Nem parece que somos casados. (Nesse momento Fátima aparece com a cabeça na coxia faz um sinal para Ricardo que percebe e disfarçadamente olha para ela. Fátima faz o sinal de negativo com os dois polegares e mexe a boca falando:”Morreu”. Ele volta a falar com Silvia desconsolado.)
Ricardo – É tem casamentos e casamentos.
Silvia – Que tipo é o seu?
Ricardo (Sem jeito.) Normal, normal. (Fátima volta e senta ao lado de Silvia que volta a ficar no meio dos dois.)
Fátima – Fui colocar mais pipoca no microondas. Essas já duraram demais.
Silvia – Sabe às vezes eu tenho vontade de fazer muita pipoca, mas muita mesmo e fazer Adalberto comer tudo só para ver o que pode realmente acontecer.
Fátima – Nossa você ama muito o Adalberto.
Ricardo – Demasiadamente. (Ele olha para Fátima.)
Silvia – Vocês não sabem como. Sonâmbulo, cataplético, fala sozinho, vê gente morta, e alérgico à pipoca, um homem que toda mulher gostaria de ter. (Ela come as pipocas desesperadamente.)
Fátima – Ai dá licença Silvia vou pegar a pipoca na cozinha. (Barulho de pipoca no microondas. Ela pega a bacia da mão de Silvia que consente.)- Ricardo vem comigo. (Ele levanta.)
Ricardo – Dá licença. (Silvia concorda com a cabeça.) (Os dois vão para o fundo lado esquerdo.)
Fátima – O que a gente faz?
Ricardo – Não sei ainda, mas tá ficando perigoso.
Fátima – Essa Silvia não gosta do Adalberto.
Ricardo – E se eu sair pelos fundos e levar o corpo de Adalberto para o apartamento deles e colocá-lo na cama e aí ela vai pensar que ele voltou e morreu lá...
Fátima – Pode ser uma boa idéia, mas arriscado se alguém ver?
Ricardo – Tá todo mundo grudado na televisão pode-se cometer o maior crime do país e ninguém vai ver.
Fátima – Você tem razão. Então eu vou pegar a pipoca que acabou de estourar e você leva o morto para baixo. (Neste instante um berro e gargalhadas começam a vir da coxia. Ricardo e Fátima pulam de susto ela joga a bacia de pipocas para o alto. Silvia levanta-se horrorizada e imediatamente olha para os dois que estão estáticos e grita.)
Silvia – Adalbertooooo....
(Continua na próxima semana.)


"Vídeo Arte" - Sequestro - Criação e improvisação dos atores! Isso é um sequestro? A vaidade ganha do ser humano!!!


"Vídeo Arte" - Rusted Root - "Send Me On My Way" - Envie-me ao meu caminho - Em algumas situações em nossas vidas precisamos que alguém nos encaminhe ou reencaminhe nos trilhos certos!

terça-feira, 22 de junho de 2010

O ESPÍRITO - AFINS DE QUEM?

Para variar mais uma questão do livro “o Consolador” sobre afeição!

Questão 178 – Poderíamos receber algum esclarecimento sobre a lei das afinidades entre os espíritos desencarnados?
- Na Terra, as criaturas humanas muitas vezes revelam as suas afinidades nos interesses materiais, que podem dissimular a verdadeira posição moral da personalidade; no mundo dos espíritos, porém, as afinidades legítimas se revelam sem qualquer artifício, pelos sentimentos mais puros.

Aqui na Terra nós nos ligamos aos outros muitas vezes mais pelo interesse pessoal, pelo que podemos aproveitar da ligação do que um sentimento profundo. Nem todos lógico, temos entre os encarnados muitas afinidades que se reencontram, tem um relacionamento de amizades, namoro ou mesmo casamento normal. Mas há ainda um interesse no que podemos tirar de proveito do outro tendo sua amizade, construindo uma relação, muitas relações vivem na base do interesse, das trocas, do dar e receber.
As verdadeiras afinidades na Terra são construídas pelo tempo de outras encarnações, a cada novo reencontro mais forte fica o sentimento, maior é a amizade, a confiança, a solidariedade, com o tempo seremos todos espíritos afins, pois, um de nossos objetivos na Terra é a união, a paz entre todos os espíritos reencarnados, poderá levar um certo tempo, mas quando resolvermos viver melhor, não implicar com o outro, olhar mais para nós mesmos, cuidar mais de nós e então entender cada um como ele é, conseguiremos a harmonia entre nós almas na Terra.
Na espiritualidade vamos nos reunir com aqueles que realmente sentimos algo, vamos estar juntos daqueles que amamos, queremos como amigos, vamos formar grupos ou nos reunir a grupos já formados pelos que foram antes de nós a afinidade nos levará naturalmente a esses encontros na espiritualidade.
Entretanto também poderemos nos reunir com espíritos obsessores, com aqueles que só querem fazer o mal, com os que ainda levam em seu ser os vícios, com os mistificadores, zombeteiros... Se sairmos do globo terrestre em vibrações baixas, sentimentos egoísticos, ligados a materialidade, aos vícios iremos nos reunir com espíritos que tem a mesma afinidade. Onde está nosso coração nós estaremos!
As afinidades se constroem ao longo das encarnações e quando verdadeiras com laços infinitos de sentimentos elas jamais se perderão muito pelo contrário se buscarão sempre.
Aqui na Terra quando encontramos alguém pela primeira vez, mas sentimos que já conhecemos a pessoa há séculos, isso é a pura verdade porque não é o primeiro encontro e sim um reencontro que vem acontecendo há muito tempo. Pode ser um amigo, um irmão, pai, mãe, namorado, marido, esposa, as afinidades crescem a cada nova etapa na Terra. Temos muito mais amigos do que podemos imaginar, muitos não estão reencarnados conosco agora, contudo do outro lado torcem pela nossa vitória aqui.
Assim cultivemos nossas afinidades vamos criar novos afins para nossa própria felicidade.
Não podemos esquecer que o que levamos da Terra são os laços de amizades e de amor e nada mais.



"Vídeo Arte" - Herança - Criação e improvisação dos atores! Vivemos a sonhar com uma herança que caia do céu, mas o que pode cair é um verdadeiro pesadelo...


"Vídeo Arte" - Stevie Nicks - "Free Falling" - Queda livre - Às vezes precisamos cair em queda livre em certas situações para aprender e vivenciar mais a vida, é um risco, mas o que não é arriscado na vida???

segunda-feira, 21 de junho de 2010

CRÔNICA DA ALMA - ESTAMOS INVERNO!

O tempo é inexorável avança sem parar. Chegamos a mais um inverno. Estamos praticamente no meio do ano, seis meses se foram, como? Simplesmente os dias escoaram, passaram entre nós e talvez nem percebemos esse andar do tempo.
O verão acabou o outono termina e o inverno vem nos abraçar. Inverno em nosso país é uma grande incógnita, pois, geralmente o frio nunca é intenso, há alguns dias de frio um pouco mais pesados e só o resto da temporada tende ser amena.
Contudo inverno muda muitas coisas, o céu em muitas ocasiões está nublado, fechado, um certo vento aparece de algum lugar, uma garoa fina às vezes desaba sobre nossos corpos e nos enchemos de roupas. Aliás, o inverno é a época que todos se vestem mais, os casacos saem dos armários, luvas, botas, gorros, isso quando esfria mesmo do contrário usamos roupas mais leves mesmo no inverno.
É uma temporada meio sombria, tudo fica mais quieto, esses meses de inverno que inicia-se hoje e vai até meio de setembro tornam-se mais misteriosos, parece que estamos no preparo de algo para quando o inverno acabar colocar para andar, esses meses é como se fossem meses de reflexão, paramos, ficamos mais conscientes para pensar sobre a vida.
Paramos mais e passamos a elaborar planos, estratégias para os futuros dias, meses estações do ano, são dias que olhamos mais demoradamente para a paisagem para tentar identificar algo diferente que nos encha os olhos além do vento, das nuvens, olhamos para um futuro incerto, em busca de respostas, o inverno passa a ser uma estação de ouvir, falar, pensar, estudar, acomodar.
O que importa é que essa estação de transição faça com que nós possamos enxergar melhor nossos caminhos e tomar decisões que nos ajudem a crescer.
Muitos acham o inverno ruim, gelado, sem graça, mas não é, ele é rico em harmonia, nos ajuda, a saber, melhor quem somos porque ele pede em algumas ocasiões que fiquemos debaixo das cobertas e nesse esquentar podemos pensar mil coisas, o inverno nos deixa mais caseiros, mais conosco mesmos, e tem melhor coisa que em certos momentos curtir a si mesmo, descobrir coisas que não sabemos sobre nós? As outras estações do ano são mais expansivas, o verão é totalmente aberto estamos a mil a fazer tudo, a primavera é uma festa de cores queremos experimentar novas coisas, o outono é a realização de nossos sonhos, e o inverno é quando nossa alma entra em total harmonização com a natureza, com os pensamentos, construímos novos sonhos para executar nas próximas estações, testamos novas oportunidades, lemos com mais atenção, somos mais observadores, cada estação pede uma atitude nossa que mesmo que nem pensemos em fazer, mesmo que nem vejamos essas mudanças elas ocorrem tão espontaneamente que entramos no clima da estação queiramos ou não, isso é a natureza agindo sobre nosso espírito, afinal somos natureza!
Ainda temos mais seis meses deste ano pela frente de tarefas, deveres e responsabilidades. Estamos preparados para vivê-los? Se não, vamos então organizar muito bem esse futuro que está em nós, vamos proporcionar para nós os melhores dias de nossas vidas seja inverno, primavera, verão ou outono, não importa a estação, mesmo que recebamos sua influência, vamos aprender a viver, saber viver, amar viver, porque estamos na vida para amá-la e realizar viagens inesquecíveis dentro do tempo e espaço que nos é fornecido, que venha, pois o inverno com sua natureza modificar nossas almas porque logo, logo será primavera, verão... E precisamos estar prontos para viver as estações de nossas vidas...
Nova etapa de planificação se inicia vamos acalmar para entender o que nos fala a estação e preparar-nos para quando a estação nos pedir movimento, energia, trabalho, execução!
Agora estamos inverno!



"Vídeo Arte" - Quadrilha - Criação e improviso dos atores! Uma quadrilha sem planos, sem estratégias, aliás isso é uma quadrilha???


"Vídeo Arte" - Chaka Khan - "Love me Still" - Ainda me ama - Sempre há alguém que nos ama em qualquer lugar, tempo, espaço, pelo universo. E nós ainda amamos...?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

ESPÍRITO EM CENA - CUIDADO IMPROVISO!

Nós estamos nos preparando para a nossa nova produção que se tudo der certo estréia até o fim do ano, o texto está na gestação, muitas pesquisas foram feitas e estamos fuçando tudo o que podemos. Essa nova peça na verdade é uma homenagem, não vou aqui falar sobre o que é até o texto ficar pronto e começarmos mesmo nossos trabalhos em cima dele e tudo mais que faremos, aguardem próximos posts.
No entanto estamos trabalhando em nossas aulas aos domingos exercícios para a nova produção. Estamos fazendo acima de tudo improvisos. Dou o tema, o tipo de situação e deixo que eles atores façam toda criação. Eles têm liberdade de criação, tempo que quiserem para apresentação, escolha de figurinos, objetos de cenas, a imaginação prevalece.
A improvisação é um excelente jogo teatral para que nós atores possamos conhecer nossa capacidade de criar dentro da cena teatral. Nisto entram tempo da apresentação, saber criar um texto, mesmo que na hora, que prenda o público, tenha ingredientes como um bom conflito, personagens bem desenhadas, surpresas, deixe o público preso no que está vendo, onde queremos chegar com tal improvisação, qual o objetivo da nossa apresentação, quem queremos atingir, qual nosso público, tudo isso e muito mais precisam estar na mente dos atores.
Não é criar por criar, por ser mostrar, fazer seu show e pronto, não, é muito maior porque atingimos muitas pessoas, deixamos nelas nossas mensagens, nossas marcas em suas mentes, quando criamos precisamos pensar no público que irá nos ver e o qual queremos atingir. Não podemos pensar em nosso espetáculo como algo fechado, só para nós, é para nós e para os outros! O que eles querem ver?
O improviso é também um perigo. Os atores ao mesmo tempo em que podem criar coisas maravilhosas e que podem até nesse jogo teatral passar idéias para uma futura montagem, podem criar algo muito ruim, deixar a desejar e matar o exercício com algo irrelevante, banal, sem destino, sem alvo.
Em nossos improvisos houve um pouco de tudo. Pedi que trabalhassem tanto drama como comédia. O que vimos foi uma seleção de situações em que algumas conseguiram superar as dificuldades e outras que eram até boas, mas na condução se perderam pelo caminho. Na média geral foram bons os improvisos, lógico muitas coisas precisam ser trabalhadas em vários aspectos, mas no contexto geral o pessoal até surpreendeu, contudo precisamos mais conteúdo, mais objetivos, ter alvos!
O grande problema de muitos é terminar a história, um final condizente com tudo que foi mostrado, esse é um grande drama de dramaturgos, atores e diretores como terminar a peça, como dar um final coerente com o que foi mostrado, isso foi um dos grandes problemas das improvisações, terminavam de repente, do nada, ou o final não ficava claro.
Dentro das improvisações muitos temas interessantes foram colocados, porém, não tiveram em alguns casos um desenvolvimento sustentável, e muito poderia ter sido explorado tanto na comédia como no drama.
E se observarmos bem os vídeos que colocamos aqui e são as improvisações, um tema muito recorrente em todos é a sexualidade, muito patente nas histórias, por que? Precisamos reavaliar nossa sexualidade, o que cada um traz dentro de si, as vontades, os desejos, o que o inconsciente pede. E também analisar o impacto da sociedade, mídia sobe nosso trabalho, será que o sexo que é tão explorado por muitos meios de comunicação influencia a nós a tal ponto de colocarmos o tema mesmo que não tão aberto, em quase todas as cenas? Reflitamos sobre o tema, afinal sexo é natural sem problemas, mas por que tão presente, tão marcante?
Hoje colocaremos o vídeo mais sério da improvisação. A grande maioria pendeu para a comédia, mesmo quando era drama, e neste domingo continuaremos com exercícios de palco e mais improvisações.
E novos integrantes passaram a fazer parte da nossa Cia. Entraram Juliana, Paulo e Victor, sejam bem vindos e vamos ver se eles voltarão...
Som e Fúria galera!!!!


"Vídeo Arte" - Vida Em Provas - Criação e improvisação dos atores. Um drama quase mexicano!!! Sensível e profundo!


"Vídeo Arte" - Vida Em Provas - Final. Encontro, sempre haverá o reencontro!


"Vídeo Arte" - Big Bad Voodoo Daddy - "Cruel Spell Of Love" - Feitiço cruel do amor - O amor nos enfeitiça em algumas ocasiões e acabamos por viver situações inesperadas e com quem nem imaginávamos...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ALMA CULTURA - SEPARAÇÃO?! MOSTRA QUALIDADE COM DIVERSÃO!

Os seriados trazem para nós uma dramaturgia mais moderna. As personagens geralmente estão construídas, tem uma função objetiva, apesar de também ser uma obra aberta onde cada episódio novas surpresas acontecem, as personagens tem uma função direta, o texto é mais enxuto porque precisa contar uma história em uma hora ou meia hora, no caso americano, eles têm lá o drama que geralmente é um seriado familiar, os policiais de vários tipos, e as sitcoms que são as tradicionais comédias de situações, sucessos há anos nas televisões americanas.
Aqui nossas emissoras estão entrando na onda dos seriados há algum tempo. Na verdade desde a pioneira TV Tupi os seriados vêm ganhando campo em nossas telas. Seriados antigos fizeram sucesso como “Alô, Doçura”, “O Falcão Negro”, e outros. Depois durante uma boa época as telenovelas tomaram conta, mas sempre um seriado despontava.
Hoje a quantidade de seriados é bem maior e muitas tentativas e propostas estão sendo experimentadas, os seriados são uma boa alternativa na teledramaturgia atual.
A Globo é a emissora que vem investindo mais pesado nessa área dos seriados com lançamentos constantes em sua grade. A nossa cultura televisiva está dando cada vez mais espaço a essa dramaturgia que pode explorar alguns temas mais profundamente e ir além que a novela comum do dia a dia.
Na nova safra de seriados lançados em abril deste ano um vem chamando atenção pela sua ousadia, humor e atuação. “Separação?!” com certeza é o grande destaque da grade da emissora carioca.
O seriado conta a história de Karin (Débora Bloch) e Agnaldo (Vladimir Brichta) um casal que vive no limite de sua relação prestes a separação definitiva, mas não conseguem assumir isso um para o outro e vivem em mil guerras durante todos os episódios que são de humor impagável onde há muito tempo não se ria com vontade, certas cenas são hilariantes de cair no riso de tanta loucura, contudo, essas cenas e loucuras refletem uma realidade que muitos casais vivem.
Cada episódio enfoca um sentimento, uma situação que acaba sempre no limite de todos. Para muitos talvez possa parecer ofensivos certos termos usados, certas escatologias, só que os autores Alexandre Machado e Fernanda Young simplesmente usam e mostram aquilo que fazemos em nossas casas, dentro de quatro paredes e não admitimos, o seriado escancara a vida íntima de muitos de nós com um humor de primeira.
As atuações de Débora Bloch e Vladimir Brichta são inusitadas a expressão corporal de ambos é um fator de sucesso de suas personagens, o andar, as caracterizações nas cenas mais absurdas e que podem acontecer, fazem com que esses atores demonstrem um lado cômico diversificado e com muita energia física. Além do casal protagonista há personagens inusitadas como a ótima Cinira (Cristina Mutarelli) a diretora da escola onde Karin trabalha e que funciona como uma conselheira sentimental. Há Delavega (Kiko Mascarenhas) o peruano que vive sabotando Agnaldo dentro do emprego com todo tipo de piadas e a chefe de Agnaldo, Anete (Rita Elmor) que é cheia de neuroses, mas que tem uma queda enorme por Agnaldo e o narrador que liga as situações das personagens com os telespectadores envolvendo todos nós nas histórias bem malucas desse casal que briga o tempo todo, porém não se separa. A direção do seriado é de José Alvarenga Jr.
Com um texto delicioso que brinca com várias situações, atores de primeira, direção acertada “Separação?!” é um grande programa para a noite de sexta. Uma comédia que traz com humor a realidade de um casamento fracassado que tenta se segurar de todas as formas. Quantos não estão nessa situação e não admitem o fracasso da relação? É ver, rir, mas a acima de tudo refletir não estamos sendo Karins e Agnaldos???
Este seriado é mais uma maneira de mostrar como a televisão pode ser inteligente, divertir e colocar muitos assuntos em discussões dentro de nossos lares. A TV precisa constantemente inovar em temas, textos, mas não pode deixar de fazer suas produções com paixão, vontade e pensar mais no lado artístico do que comercial para que possa ter programas de qualidade e sensibilidade feita para o público e com certeza pensar no que esse público quer ver. Qualidade de texto, atuação e produção é que nós esperamos de todas as emissoras.
TV também é cultura! Onde ela está em nossas emissoras de canais abertos?


"Vídeo Arte" - O Julgamento - Criação e improviso dos atores! Um julgamento onde tudo é válido menos a justiça!!! Hum bem verdadeiro não acham?...



"Vídeo Arte" - O Roubo - Criação e improviso dos atores. Tanta loja para roubarem e escolhem uma sex shop, nossa, só podia dar no que deu...


"Vídeo Arte" - Abertura de "Separação?!" Rede Globo sextas às 23:00!


"Vídeo Arte" - "Separação?!" Cenas do primeiro episódio!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ESPÍRITO DA ALMA - A COPA - CENA 02

CENA O2 – (Ricardo continua a olhar para Fátima que está com a cara enfiada na bacia de pipoca. Ele espera que ela reaja.)

Ricardo – Então como aquele homem está sobre a mesa da cozinha? E ainda por cima morto?
Fátima (Tira a cara da bacia e com a boca cheia de pipoca tenta falar.) – Acho que é o Adalberto...
Ricardo – Que Adalberto?
Fátima – Ele joga futebol comigo.
Ricardo – Sei... E o que ele está fazendo mortinho da silva em casa?
Fátima – Não sei. Dei carona para ele depois do futebol e deixei ele na garagem, ele mora no 37, é nosso vizinho.
Ricardo – Seu amante?
Fátima (Ela levanta. Larga a bacia de pipoca no chão.) – Que amante o quê... Você é inseguro Ricardo, não se garante não... Eu vou lá dar uma olhada, vai ver ele tá só tirando uma soneca, e você confundiu com a morte. (Ela vai até a coxia. Dá um tempo de alguns segundos. Grita.) – Ahhhhhhhhh. (Depois ri.) (Em seguida ouve-se uns tapas.) (Ela volta para a sala.) – Acho que você tem razão ele tá paradinho, os olhos não abrem, parece que nem respira. (Ela olha para o público em direção a televisão.) Ai meu Deus que timinho mais dungado é esse? Êta não ouve o povo tá aí... Ai o morto, pera aí Ricardo que vou dar um jeito. (Ela vai para a coxia. Ouve-se barulho de água e depois de água sendo jogada. Fátima volta.) – Nem tomando banho adianta, ele deve tá morto mesmo.
Ricardo – Isso já sei. Mas por que aqui em casa? Essa história tá muito mal contada!
Fátima – Eu só dei uma carona para ele. Sempre faço isso...
Ricardo (Desconfiado.) – Sempre?
Fátima – Lá vem você com suas implicâncias. Ele é um parceiro do futebol...
Ricardo – Parceiro?
Fátima – Modo de falar. Ele ficou na garagem... Coitado ele queria tanto ver a copa. Já sei. Vem aqui comigo Ricardo.
Ricardo – Para onde, fazer o quê?
Fátima – Para de perguntar e vamos lá para a cozinha. (Ela puxa Ricardo para cozinha, segundos depois os dois entram em cena carregando Adalberto. Ricardo carrega a cabeça e Fátima as pernas, eles levam com dificuldade o corpo até o meio do palco.)
Ricardo – Que maluquice. (Ele fala baixo.) – Ele tá morto, não precisa ver o jogo.
Fátima (Fala baixo também.) – Que nada se o espírito dele ainda tá nele, vai ver o jogo sim e depois a gente vê o que faz com ele.
Ricardo – Isso é loucura! Fátima podem achar que nós matamos o cara e não vai ter maneira de nos livrar da cadeia.
Fátima – Depois do jogo a gente discute isso. Ó tá vendo acabou o primeiro tempo e nem curti nada, mas tá zero a zero? Dungou tudo! Vamos largar esse corpo. (Os dois soltam o corpo no chão.)

Ricardo - E agora? Fazemos ele de sofá?
Fátima - Por que estamos falando baixinho?
Ricardo - Por que estamos com mêdo que alguém nos descubra com um cadáver em casa?
Fátima – Deixa de besteira. (Eles voltam a falar com voz normal.) - Coitado. Ele não jogava bem, era um perna de pau, mas apaixonado por futebol. Queria muito que o Brasil fosse campeão nessa copa, aliás, todos nós queríamos, mas pelo jeito o anão atacou. Quem mandou colocar um dos anões da Branca de Neve como técnico, tanto anão querendo crescer por aí e colocam esse...
Ricardo (Nervoso. Quase histérico.) – Fátima acorda para nossa realidade. Temos um cadáver na nossa sala. Podemos ser acusados de assassinato, ir para cadeia, morrer lá, comer comida ruim, vamos ficar sem internet, sem TV de plasma, sem e-mail, o pior é que vamos ter que transar com o mesmo sexo...
Fátima – Para de chororô. Eu tive uma idéia. (Ela sai de cena. Ricardo fica olhando para o corpo. Abaixa passa a mão no peito de Adalberto. Coloca a cabeça para ouvir o coração.)
Ricardo – Vai cara não brinca assim não. Vai revive. (Ele tira a cabeça do peito.) – Quem eu quero enganar. O cara empacotou de vez. (Ele levanta olha para os lados.) – Escuta se teu espírito ainda tá por aí, se ainda tá no corpo, reage cara volta, dá um jeitinho empurra o espírito para dentro dessa carcaça, vamos juro que se você voltar eu te levo em todos os jogos de futebol que quiser e ainda te levo na próxima copa de 2014 com tudo pago. Vai volta. (Ele começa a dançar, pular por cima do corpo, ajoelha, fica de frente para a platéia e dá uns saravas no corpo de Adalberto, reza dá passe, grita palavras truncadas.) – Morreu mesmo. Tratante. Mula. Tinha que morrer no meu apartamento? Pelo menos se tivesse morrido no apartamento do síndico que só rouba, não, o morto ainda escolhe morrer com os paupérrimos... (Fátima volta carregando uma camiseta, um shorts, meião, chuteiras, boné, corneta, bandeirinhas.)
Ricardo (Levanta espantado. ) – Que é isso tudo?
Fátima – Vamos vestir ele com o uniforme da seleção, assim ele pelo menos terá um final feliz.
Ricardo – Você é louca, só pode ser, não acredito nisso, ele tá morto, não vê não ouve, pouco importa para ele a copa agora.
Fátima – Isso que você pensa. Se o espírito dele tiver por aqui vai ver que realizamos seu desejo e vamos lá, vamos tirar essa roupa e colocar o uniforme.
Ricardo – Mas...
Fátima – Mas o quê? É caridade, vamos fazer caridade com o morto, vai antes que comece o segundo tempo. (Os dois começam a trocar as roupas, isso pode ser feito de jeito muito engraçado, o tirar e colocar o uniforme, bem louco mesmo. Aqui o diálogo pode ser improvisado pelos atores. Colocam o boné na cabeça e a corneta na boca. Assim que acabam de colocar a roupa, deixam-no sentado como se estivesse vendo a TV.)
Fátima (Sentada ao lado de Adalberto.) – Prontinho. Agora ele vai se divertir. O segundo tempo vai começar.
Ricardo – Isso é loucura. Além de irmos presos vamos ser internados em um manicômio.
Fátima – Ai Ricardo deixa de ser mole, vive as experiências da vida, curte essa sensação de ver a copa com um cadáver. Quantas pessoas podem fazer isso?
Ricardo – Só duas: eu e você... (Ele senta. Fátima pega a bacia de pipoca.)
Fátima – Vamos ver agora se o jogo desdunga! (Ela come pipoca, Ricardo olha para a cena e não acredita. Fátima olha para Adalberto e ajeita o uniforme.)
Fátima – Será que ele quer pipoca?
Ricardo – Ele quem?
Fátima – Adalberto oras...
Ricardo – Ele tá morto...
Fátima – Ah sei lá e morto não tem vontades??? Vou dar umas pipocas para ele... (Ela tira a corneta da boca dele e começa a enfiar as pipocas na boca de Adalberto. Ricardo se afunda no chão. De repente Adalberto começa a tossir por ter engasgado com a pipoca. Eles se assuntam.)
Ricardo (Levanta.) – O morto tá vivo.
Fátima (Levanta.) – Que um jogo de copa não faz, ressuscitou Adalberto, mesmo com esse time dungado, isso é mais que um milagre é um copagre, aliás, com esse time só milagre! (Adalberto levanta tossindo. Fátima bate nas costas dele. Ricardo o segura. Ele olha para os dois assustado, engasgado perde o fôlego e cai no chão. A campainha toca. Ricardo e Fátima se olham!)
Juntos – Quem será?? (Olham para o corpo de Adalberto estirado no chão.)
Fátima (Olha para a televisão e grita.) – GOLLLLLLLLLLLLLLLLLL... (A campainha insiste.)
(Continua na próxima semana.)



"Vídeo Arte" - A Obsessão - Cena criada pelos atores! Que tipo de amor cultivamos pelo outro? Quem ama mata? Amor pode levar a loucura? A sonoplastia é uma loucura! Cena de loucos!


"Vídeo Arte" - Chocolate Quente - Criação e improvisação do atores. Os segredos da igreja em uma xícara de chocolate quente!!!! Haja chocolate...

Obs: Oi Malka! Sim podemos colocar esse livro nas terças! Quer preparar o texto para nós? Seria ótimo! Se você riu com esses vídeos imagine com esses novos!

terça-feira, 15 de junho de 2010

O ESPÍRITO - TODO MUNDO QUER SER CACIQUE!

Mais uma questão do livro “O Consolador” sobre afeição enfocando o tema família.

Questão 177 – As famílias espirituais possuem também um chefe?
- Todas as coletividades espirituais estão reunidas, em suas características familiares, pelas santas afinidades da alma, e cada uma possui o seu grande mentor nos planos mais elevados, de onde promanam as substâncias eternas do amor e da sabedoria.

Como em todo grupo seja uma família, de trabalho, dentro de uma casa espírita, em qualquer organização sempre há um chefe, um líder, ou líderes dependendo do caso. A maioria do ser humano ainda não consegue viver sem alguém que comande, diga as direções, encaminhe, dê o exemplo.
No plano espiritual não é diferente, há sempre um espírito designado a orientar a família espiritual principalmente porque praticamente todos ainda precisarão reencarnar na Terra para continuarem sua evolução e tudo que esse chefe espiritual falar, orientar e der exemplos será o ensinamento de que precisam para vencer na nova vida. Mas há uma grande diferença na espiritualidade, porque os chefes são amorosos, educados, compreensivos, sabem ser duros quando preciso, porém, usam da autoridade de Jesus para colocar-nos no caminho correto, tudo é feito visando o próximo, sem egoísmo, sem orgulho, a humildade prevalece sobre aquele que manda.
O que é diferente nas famílias carnais, onde a autoridade bruta, a falta de respeito, o mau humor prevalecem sobre aquele que tem como tarefa a chefia de uma família, ou grupo, são raros os comandantes que conseguem ter equilíbrio, razão e pensar no outro. O mando aqui na Terra ainda gira em torno do egoísmo, do favorecimento próprio, das conquistas pessoais, tipo eu sei e você cala a boca, eu mando fique quieto.
Precisamos aprender como chefiar, como falar com o outro e principalmente qual exemplo dar, pois, os exemplos que estão por aí não são nada dignos de serem seguidos, faltam bons líderes em nosso planeta e muitas famílias estão à deriva por causa da falta de boa autoridade, de alguém que imponha limites, dê os exemplos corretos!
Saímos da espiritualidade, pelo menos muitos de nós saem preparados por esses chefes espirituais para que tudo ocorra como o programa planejado, depende de nós que sigamos os exemplos marcados por eles.
Enquanto estivermos em estágios inferiores precisaremos de alguém que nos diga, nos oriente, mostrem em linhas gerais quais são nossos deveres. Contudo esses líderes nunca podem interferir em nosso livre arbítrio, a escolha sempre será nossa mesmo com os bons exemplos deixados por eles!
Na espiritualidade os exemplos são dignificantes e a responsabilidade será toda nossa em caso de sucesso ou fracasso. Agora aqui na Terra se os exemplos forem de baixa moral, errôneos, todos são responsáveis, os chefes por nos levarem a atos que nos prejudicarão e nós mesmos por optar a segui-los, lembremos sempre a escolha, e mesmo que os exemplos sejam errados desses que comandam, ainda assim teremos de alguma forma uma oportunidade de não errar com outros que podem nos falar, podem nos corrigir, entretanto a escolha é nossa de quem seguir!
Se não somos chefes ou líderes ainda, um dia seremos. Que tipo de comandantes desejamos ser? Em quem vamos pensar primeiro? Quais exemplos deixaremos?
Mandar tudo mundo quer, mas ninguém quer assumir a responsabilidade pelo mando!
Cuidado ao abrirmos a boca!!!!



"Vídeo Arte" - Super Heróis - Criação e improvisação dos atores! Onde podemos chegar? Qual nosso objetivo? Tudo pode acontecer...


"Vídeo Arte" - A Plástica - Criação e improvisação dos atores! Onde nossa vaidade pode nos levar!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

CRÔNICA DA ALMA - UM GRANDE TEATRO!

Nossa vida é permeada de cenas e histórias que acontecem ao longo de todo um período em que estamos aqui neste planeta. Nesse contexto há uma mescla de cenas e histórias que nós criamos devido nossas atitudes e ao mesmo tempo cenas e histórias que a vida coloca em nosso contexto e precisamos saber lidar com essas surpresas, como dirigir, como interpretá-las? Em um primeiro momento podemos até improvisar, contudo acabamos entrando na situação e aos poucos descobrimos nosso papel e qual é nosso texto.
Pois é mesmo na vida real nós temos um texto para muitas cenas já preparado, dependendo da história que iremos viver, sabendo com antecedência, nosso texto vem pronto, em uma nova situação improvisamos palavras, porém depois de assimilarmos essa nova ação o texto também pode ser escrito com antecedência. Somos atores natos!
E a produção deste teatro vida é toda feita por nós na maioria dos casos, precisamos obter nosso cenário, nossos acessórios de cenas, saber o quanto podemos gastar ou não em cada história, saber produzir, iluminar, colocar a música certa para tal ocasião, escolher o figurino, mudar o cenário, ou seja, não somos só os atores, mas sonoplastas, figurinistas, cenógrafos, produtores, diretores de todas as nossas cenas.
Agora gostamos de comédia ou drama? Independente do gosto vivemos entre os dois tipos, contudo muitos de nós fazem da vida um verdadeiro drama em todos os momentos, tudo é sempre dramático, ou então para outros tudo é engraçado, há casos da mistura a vida é um melodrama, claro aí vai entrar o ponto de vista de cada, o que para um é comédia para outro pode ser um drama e vice versa.
Para vivermos bem com tudo faz necessário que saibamos usar bem nosso texto nas cenas conhecidas e saber improvisar nas cenas extras da vida. Estamos em cena 24 horas por dia assim tudo pode acontecer. Quando andamos a favor do texto, das cenas e da história tudo tende a dar certo, a encenação sempre termina bem com aplausos do público.
Contudo quando não aceitamos as histórias que encenamos, não gostamos da nossa personagem aí que não vai dar certo mesmo, a peça da vida real será um grande fracasso e não teremos aplausos de ninguém, apenas críticas a nossa atuação.
Por isso que muitos atores da vida não ganham o Oscar por só reclamarem do papel, acharem que o diretor da vida está errado, eles deveriam estar em uma melhor condição, mas para isso não querem fazer nada, querem a glória sem trabalhar, sem esforço, querem ser estrelas sem arriscar, esses demorarão a chegar ao estrelato.
O verdadeiro ator da vida é aquele que começa humilde, segue humilde, compreende que cada cena cada parte da sua história é importante, não deseja ser sempre o protagonista de tudo, pode estar ao fundo observando, e com isso aprende a viver, a encenar melhor e quando possível será o ator principal da história e não ficará humilhado quando em outras sequências voltar a ser o ator que observa ao fundo do cenário. A vida é assim um teatro aberto, cheio de cenas de improviso e de histórias surpresas que nos arrebatam e como atores que não sabemos quando vamos deixar o palco precisamos viver tudo que nos é proposto, sem medo, arriscar, refletir e ser ágil em muitos instantes tudo isso é pratica que a vida nos dá diariamente. Se quisermos ter aplausos ao final da temporada é melhor nos disciplinarmos melhor, termos mais concentração e cultivar a humildade em nossos corações.



"Vídeo Arte" - Aquecimento - Movimentos e Nomes no ar, concentração, memória para seguir!!!


"Vídeo Arte" - Bodeans - "Closer To Free" - Bem Próximo a Liberdade - Todos queremos ser livres... Liberdade um sonho a conquistar. Somos? Seremos? Fomos?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ESPÍRITO EM CENA - DRAMAS E COMÉDIAS!

Nosso domingo de ensaio foi diferente porque na verdade não ensaiamos por não termos apresentações mais até agosto. Realizei vários jogos teatrais onde eles pudessem exercitar tanto o drama como a comédia.
Começamos a trabalhar em nosso novo projeto e precisaremos muito fazer muitos exercícios de drama e comédia, pois a nova peça irá ter cenas que misturaremos muitos desses ingredientes, em dado momento drama em outro comédia.
O ator precisa exercitar essas formas, sentir, saber mudar corpo, face, voz, atitudes, depende do tipo de peça de cena, dramática, cômica, é necessário todo um jogo não só de corpo como de emoção, sentimento e de posição no palco.
Apliquei jogos de improvisação, pedindo que fizessem comédia ou drama, sem texto, tudo foi criado por eles eu apenas dei o tema a ser apresentado e a forma, comédia ou drama.
Interessante ver como eles desenvolvem as cenas. Em dado momento tudo é muito cuidadoso, mesmo sendo uma improvisação, a cena é feita com muita originalidade, com começo, meio e fim. Há outros momentos que tudo é jogado, começa até bem e termina muito estranho, de repente, sem final, ou tem um começo ruim e um final muito bom, improvisar tudo acontece.
E nesses jogos é que vamos vendo como cada um se comporta como o ator trabalha consigo mesmo, os jeitos, os vícios, as técnicas, a originalidade de cada um. Descobri coisas boas em muitos e claro precisamos corrigir muitas outras ainda.
Cada ator tem uma característica um pode pender mais para a comédia, outro mais para o drama, outro consegue se sair bem nos dois ou em outros tipos de peças, melodramáticas, fantasiosas, infantis, mas o ideal é que o ator possa se sair bem em todos os tipos de peças. Ele precisa aprender a representar em qualquer situação, aceitar todos as personagens sem medo, é arriscar, descobrir, encarar, e isso só conseguimos fazendo.
Cada cena por eles feita verifiquei tudo o que podia, postura, voz, atitudes, se funcionou o drama e a comédia. Houve cenas que começaram dramáticas e viraram comédias ou vice e versa. Não conseguiram segurar a onda até o final.
Contudo o resultado foi positivo no geral, precisamos fazer muito, trabalhar muito, mas o caminho é esse. O texto da próxima peça ainda está sendo trabalhado, escrito, tem muito para colocar no papel, e irei trabalhar com eles nesses próximos ensaios muito do que farão em cena.
O teatro é um trabalho artesanal, de passos, muita repetição, muito aprimoramento, muito aprender a toda hora, porque ele é acima de tudo sentimento e emoção!
Os exercícios irão nos ajudar muito em todos os aspectos, às vezes parece que não tem nada a haver com nada e só mais lá na frente que o ator entende o porquê de ter feito tal coisa antes, é uma descoberta constante e ininterrupta, cada ensaio, cada jogo teatral nos descortina muito mais do que imaginamos, se não for no momento, será na hora em que o ator precisar.
Trabalho novo, direções novas, mas ainda teremos uma apresentação do drama “As Notas” em agosto!!! Aguardem mais notícias!!!
Teatro é ação estaremos em cima de uma nova produção, contudo ainda estaremos envolvidos com “As Notas”, saber fazer dois trabalhos ao mesmo tempo, diferentes personagens é um exercício e tanto para o ator!!! A cabeça vai pirar!!! E isso é maravilhoso!!!!

Álbum Alma Espírito!!!

O elenco em aquecimento antes de entrar em cena. Nesse momento tudo pode acontecer!!! Aquece muito mais do devia às vezes!!!


"Vídeo Arte" - Craig Armstrong - "Glasgow Love Theme" - Tema de amor de Glasgow - Cada um tem um tema musical na vida, podem mudar conforme está nossa vida. Músicas alegres, tristes, suaves, nosso tema sempre irá mudar...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ALMA CULTURA - LOST É ESPÍRITA!!!

Faz um tempo que não falo sobre o que está acontecendo na televisão nossa de cada dia, assim hoje resolvi falar de um momento este ano que muitos esperaram por longos seis anos, o final da série “Lost” que desde 2004 colocou quem a seguiu em várias indagações.
A série que contava a história de sobreviventes de um vôo que cai em uma ilha e lá vivem mistérios inexplicáveis que deixávamos nós telespectadores curiosos como tudo aquilo podia acontecer com as personagens. Afinal cada episódio o enredo ficava mais complicado e nenhuma resposta vinha. Onde queriam chegar com todo emaranhado de situações? E assim ficamos todos nós durante seis temporadas tentando descobrir o que era a ilha, como as personagens saíriam dali, o que todas aquelas personagens tinham em comum para estarem juntas vivendo em uma louca montanha russa onde tudo era permitido acontecer com elas?
Durante seis temporadas, presenciamos a queda do avião na ilha, os sobreviventes na tentativa de sair do labirinto em que foram colocados, e aos poucos fomos conhecendo cada personagem e seus dilemas através das cenas do passado de suas vidas, em outros momentos fomos levados ao futuro, ao passado, presente, tudo em uma grande produção que cada vez mais nos instigava a jogar várias teorias no ar para tentar responder o que era afinal toda essa série e onde queriam os criadores chegar com tantas idas e voltas no tempo, separações, reencontros, brigas, vinganças, ódios, cada ano que passava mais respostas ficavam sem explicações.
Confesso que chegou uma hora em que pensei deixar de assistir por estar cansando, houve momentos que pareciam que os autores tinham se perdido também, ou seja, os criadores de “Lost” estavam mais “Lost” que os próprios telespectadores.
Contudo acabava uma temporada e iniciava-se outra e eu lá estava de novo, eles conseguiram mesmo sem respostas amarrar tão bem as personagens a nós que continuávamos vendo para saber o destino dessa trama toda.
E chegou então o final, sexta temporada, muito mistério, nada podia vazar na mídia, segredos, mas uma coisa foi dita pelos produtores e cumprida, muitas perguntas ficariam sem respostas e realmente ficaram.
O último episódio que teve duas horas e meia de duração não respondeu todos os enigmas, mas será que precisariam responder? Era uma obra de ficção e em muitos casos nem tudo dentro de uma ficção precisa ser explicado, apenas divertir, fazer o público pensar, entretanto dar todas as respostas na minha opinião não precisavam fazer isso, e penso que os criadores e produtores de tal espetáculo agiram certo, contaram uma história, revelaram algumas situações, outras que cada um tire sua conclusão e reflita ao final.
E então estavam todos mortos? Descobre-se isso nas últimas cenas da série, mas a morte não existe continua-se, isso mesmo, somos eternos. O que vimos nesses seis anos de série foram a vida dessas personagens, o passado, a morte de todas elas, a angustia, o desespero de não saber o que houve, a busca de uma saída, eles viveram uma perturbação total após a morte do corpo e como espíritos tentavam sair daquele pesadelo, assim várias possibilidades foram abertas. O que poderia ocorrer se saíssem da ilha, como seriam suas vidas se o avião não houvesse caído, elas buscavam respostas e todo tipo de ilusão foi criadas por elas mesmas na ansiedade de descobrir a verdade.
Cada uma precisava entrar em paz consigo mesma para que conseguissem então descobrir a realidade para se reunirem e partirem para outra fase da vida, não só espiritual como reencarnarem, em dado momento uma personagem diz a outra: “Nos veremos na próxima vida.”
Nos últimos episódios houve perdão, personagens que haviam cometido o mal contra outras se redimiram ajudando-as, inimizades acabaram, o vilão maior morreu, todos os casais se reencontraram e ficaram juntos. Houve uma verdadeira redenção de todos os atos. E a aceitação da nova realidade que fez com que todos saíssem de suas ilhas de dores, mistérios e segredos.
A penúltima cena mostra o pai de Jack abrindo a porta de uma igreja onde todos estão sentados e a luz invade o ambiente eles encontram a harmonia e estão prontos para começarem uma nova etapa.
Na última cena Jack deita na ilha fecha aos poucos os olhos até cerrá-los de vez, o avião deixa a ilha, um cão ao seu lado, a aceitação de sua própria morte o liberta de si mesmo. Fim!
Mais espírita do que isso é impossível, os autores talvez nem pensassem em tal objetivo, mas naturalmente foram levados para isso, a mensagem de “Lost” é que a vida continua e que precisamos nos resolver como almas que somos para encontrar a paz e reencontrar e estar com quem amamos e nunca desistir, sempre tentar saídas de todas as formas e que mesmo depois de deixarmos a carne temos como resolver nossos problemas, ou seja, nunca percamos a esperança!!!
Eu particularmente gostei do final e das resoluções e mesmo aquelas que não foram respondidas não me fazem falta, e ao final disse a que veio, um final positivo, emocionante, harmonioso, não foram seis anos perdidos, foram seis anos achados!!!



Álbum Alma Espírito!!!

As estrelas tentam brilhar a qualquer custo!!!! Sai da frente que eles irão entrar em cena!!!!






"Vídeo Arte" - Gabrielle - "Sometimes" - Algumas Vezes - Algumas vezes nos amamos, nos odiamos, nos damos bem, não nos falamos, cometemos erros, acertos, mas sempre estamos juntos!!!!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ESPÍRITO DA ALMA - A COPA - CENA 01

CENA 01(Palco vazio luzes acesas entra em cena Fátima correndo com uma bacia de pipoca na mão cheia. Vai até a boca de cena, olha para platéia, finge pegar um controle remoto e liga a televisão que é na verdade o público. Fátima senta no meio do palco com os olhos fixos no público como se estivesse assistindo a TV.)

Fátima – Adoro a copa do mundo, nossa paro de fazer tudo. (Ela come a pipoca loucamente.) (Entra Ricardo em cena segurando alguns papéis pelo lado direito, ele lê e vai passando por trás de Fátima, quando percebe que ela está no meio do palco.)
Ricardo – Fátima?
Fátima – O que foi?
Ricardo – Você não vai trabalhar?
Fátima (Ela come mais pipoca, e canta sem prestar muita atenção.) – Que? Trabalhar? A copa...
Ricardo – Copa? Que copa? Nosso apartamento não tem copa...
Fátima – Copa do mundo, futebol...
Ricardo – Fátima pouco me interessa o futebol. Olha esses papéis... (Ele fica na frente dela que não consegue ver a televisão.)
Fátima – Depois eu olho... Sai da frente da TV.
Ricardo (Impaciente.) – São suas contas, aqui tem um monte de coisas que não precisamos cornetas, bandeiras, bolas, camisetas de futebol... Ficou louca?
Fátima – Fiquei louca pela copa e se você não sair da frente da TV te taco essa bacia de pipoca na cabeça.
Ricardo – Sou eu quem vai jogar essas contas na sua cabeça. Agora vira fanática por futebol e nossas contas sobem como foguete. Primeiro não precisamos de 10 camisetas da seleção, nem de 1.200 bandeirinhas. Só se vamos fazer uma festa junina aqui no apê e queimar a mobília como fogueira de São João.
Fátima – Tá, tá, exagerei um pouquinho...
Ricardo – Um pouquinho? O que são essas chuteiras, esses meiões... Você vai usar?
Fátima – Quem sabe? Ué resolvi mudar meu figurino. Sai da frente.
Ricardo – Figurino? E as 35 bolas de futebol são para quê???
Fátima – Para decoração...
Ricardo – Decoração???
Fátima (Sem jeito.) – Ah Ricardo quantas perguntas. Eu só curto futebol...
Ricardo – Desde quando?
Fátima (Ela levanta e começa a andar de um lado para o outro.) – Eu não sei, de repente me deu uma vontade de comprar as coisas de futebol as meias, os calções...
Ricardo – Calções???
Fátima – As cornetas, fiquei viciada na copa, tudo verde amarelo, tudo tem que ter a copa na minha vida, sei lá será que tô maluca?
Ricardo – Tá? Acho que sempre foi na verdade, só piorou...
Fátima – Então quero ver, ouvir futebol, quero gritar, golllllllllllll... Quero comemorar... Eu não era assim o que está acontecendo comigo Ricardo? (Ela se ajoelha aos pés dele.)
Ricardo – Calma Fátima vamos ver, sei lá de repente você só exagerou, entrou na onda de todos que são fanáticos e não tem noção do que fazem ao assistir a copa. Mas me conte quando começou essa loucura da copa que não percebi.
Fátima (Ela levanta e vai anda na direção esquerda.) - Nem eu mesma sei, acho que foi quando comecei a jogar futebol apenas por recreação lá na academia e quando vi já tava discutindo com os homens sobre futebol, os times, a copa...
Ricardo (Constrangido.) – Você discute futebol com homens?
Fátima – É minhas amigas não gostam muito...
Ricardo – Fátima você fica discutindo futebol com os marmanjos da academia e por isso nunca chega para janta, deixa tudo em desordem, ficam mais com eles do que comigo?
Fátima – É, talvez, não sei, você não gosta de futebol, só fica no seu trabalho, aí sei lá achei atraente essa vida futebolística.
Ricardo – Você sabe que eu trabalho muito, mas sempre estou aqui para o jantar, procuro estar com você o tempo que posso, tenho disponibilizado isso em minha vida, e você cada vez mais distante.
Fátima – Olha, mas tudo vai voltar ao normal assim que a copa acabar.
Ricardo (Nervoso.) – Quando a copa acabar? Não Fátima quero que volte antes disso.
Fátima – Não sei se conseguirei. (Ela olha para o público que é a televisão.) – O jogo começou...
Ricardo – E você vai ver?
Fátima – Gostaria muito.
Ricardo – E as contas, as bolas, as cornetas...
Fátima – A gente usa depois... (Ela senta no meio do palco. Ricardo ainda com os papéis na mão olha para ela sem entender nada. Ela pega a bacia de pipoca e continua comendo e olhando fixamente para a TV. Ele vai saindo por trás dela pelo lado esquerdo. Sai de cena. Demora alguns segundo talvez um minuto em silêncio, quando da coxia Ricardo grita.)
Ricardo – Fátima... Fátima...
Fátima – Que gritaria é essa? Tô vendo o jogo. (Ricardo volta assustado, cara estática, em choque.)
Ricardo – Fátima tem um homem morto na nossa mesa da cozinha.
(Fátima enfia a cara na bacia de pipoca e come avassaladoramente e ri, ri, muito. Ricardo não acredita no que acontece, sua cara é de incrédulo.)
(Continua na próxima semana.)

Álbum Alma Espírito!

Todos mais descontraídos antes de entrar em cena. Aqui começam a demonstrar quem realmente são!


"Vídeo Arte" - Lynden David Hall - "All You Need Is Love" - Tudo o que você precisa é amor - Todos nós precisamos, tem alguém que não???