Se eles que já tem nome tem dificuldades imagine nós aqui da Cia, hahaha. É interessante porque só vejo o pessoal falar da precariedade, de como é trabalhoso conseguir um patrocínio, apoio, e a grande maioria não vê uma solução em curto prazo para que o teatro possa sair da onde está.
Muitos falam da época em que os teatros funcionavam de terça a domingo sem parar com as sessões lotadas e que hoje fazem no máximo 2 meses ou 3 de temporada quando chega a isso e sem salas lotadas e somente apresentações no fim de semana.
Há fatores para serem vistos e refletidos. O preço do ingresso para o público é muito caro, claro que temos que levar em consideração o preço da produção, o aluguel do teatro, e outros encargos que deixam o ingresso mais caro, mas penso que tudo isso poderia ser pensado para que o grande público tivesse acesso a cultura do teatro. Muitos dizem que não há mais público, mas é só fazer uma temporada popular que lota... Público se conquista.
Outro fator com relação ao público é que muitos nem conhecem teatro nunca foram, até um tempo atrás 60% dos universitários nunca tinham ido ao teatro. Como ganhar esse público? Incentivar é a atitude, criar programas, festivais que englobem os jovens como um público a se mirar, correr as periferias, aproximar o teatro do povo com desenvolvimento cultural voltado a todos de modo geral e com o teatro como base principal.
Levar os espetáculos para perto das regiões mais distantes do centro da cidade, pois, a maioria dos teatros está concentrada na região central de São Paulo, muito longe para muitos que moram até quase 3 horas do centro. Ou seja, está na hora de descentralizar as produções em um só local e ao mesmo tempo facilitar o acesso de todos.
Vejo que se fala muito, mas nada é aplicado ou tentado. Por que? O que falta a classe teatral? União? Uma questão a ser pensada.
E com relação aos novos grupos, Cias, a situação é muito difícil para se conseguir um incentivo, porque ninguém acredita no potencial de novos atores, diretores, é tudo feito na raça, com persistência, a produção sai de nossos bolsos mesmo, montar uma peça é uma aventura sem dinheiro, sem patrocínio, mas ao mesmo tempo nos ensina o que é teatro, isso é um grande aprendizado.
Porque somos nós que arrumamos tudo, cenário, luzes, sonoplastia, não há técnicos, somos nós os técnicos, quando não estamos em cena, estamos na iluminação ou na sonoplastia. Somos nós os contra regras que tiram ou colocam as coisas em cena enquanto a peça rola. Somos as camareiras, trocamos e ajudamos todos nós a trocar de roupa, limpamos o palco, varremos, enfim todos os atores, diretor, fazem tudo, ninguém é melhor que ninguém e neste esquema não há competitividade, rivalidade como outro dia ouvi uma pergunta de um estudante de ator, como lidar com a rivalidade... Gente que é isso??? Ser ator não é competir, é participar com o outro, é ajudar, colaborar dentro e fora de cena com humildade sem pretensão de ser melhor, mas de ser igual, um bom ator como todos, nada de ser rival, muito pelo contrário, ser companheiro de cena e de vida.
Nos pequenos grupos e Cias rola muito dessa participação integral em tudo, o bom ator acaba sendo um pouco de tudo, e isso é bagagem para não esquecer jamais, o ator precisa ser humilde na sua profissão e saber que precisa lidar com sua vaidade e se um dia for famoso, não perder sua humildade, ser ator é uma relação complicada conosco mesmo porque precisamos dominar vários bichos internos que querem escapar e não podem, precisam ser domados. Considero essa profissão a melhor que há justamente por lidar com a alma com tanta profundidade e tentar despertar em nós algo melhor como seres, é enriquecedor.
Agora como fazer para conquistar mais público, mais incentivos, mais apoios, com certeza é uma união de todos sem pensarem em interesses, mas em como ampliar o campo do teatro para que todos possam ser beneficiados com essa arte viva e que fica cara a cara com o povo, é ter coragem de provocar, cutucar, remexer, sacudir estruturas velhas e lançar novas bases para que um novo edifício seja construído a favor de todos que pensam, fazem e querem ver teatro.
Nova semana no ar!!! Enviem seus textos para quinta, peçam seus vídeos, mandem suas fotos. Se você quiser conhecer nossa Cia envie email com nome completo, idade (acima de 16) e fone para contato. Nossos ensaios ocorrem domingos pela manhã!
Dia 16 de outubro, sexta às 21 horas a Cia. de Teatro Monteiro Lobato apresentará “Rascunhos” A peça 4 em 1! No Teatro Plínio Marcos localizado no Shopping Nobre Pompéia. Ingressos 20 com a apresentação do flyer 10 e pode ser adquirido no site www.chequeteatro.com.br Venham incentivar e apoiar nosso espetáculo!!!!
Galera o que incentivamos na vida????
Álbum Cia. de Artes Monteiro Lobato!!!
O diretor aqui como ator é o neto da avó da peça representada por Maria Creuza, aqui o elenco quase todo em cena!!!
O diretor aqui como ator é o neto da avó da peça representada por Maria Creuza, aqui o elenco quase todo em cena!!!
Jeferson o maestro encarnado e Maria Creuza aqui fazendo a megera da peça, mas que não é ela, ensaio tem dessas coisas, atriz falta outra faz, isso é teatro!!!
Aqui Bruno ao fundo sendo o maestro desencarnado, Ana Paula novamente como tia, Patrícia como a sobrinha e na frente Maria Creuza como a avó piradona!!! Aguardem muito drama, música, danças, e uma pitada de comédia, "As Notas" em novembro!!!
Ensaio de "As Notas" ainda com o texto na mão!!! Aqui Ana Paula, nossa atriz convidada, e Patrícia, respectivamente no drama, tia e sobrinha desencarnadas...
Adquira ingressos no site 
