quinta-feira, 30 de julho de 2009

ALMA LIVRE - VIDA NA GUERRA!!!!

Minha História

90 minutos – eis o tempo de que dispusemos no interior da faixa de Gaza, em Raffa e Arafat, a cidade ao lado, quando já desesperávamos quanto à possibilidade de entrarmos.
Com efeito, na noite anterior, recebemos a informação de que o ministério da defesa de Israel recusara à UNRWA a garantia de segurança para as viaturas que nos iriam apanhar na fronteira e sem as quais não nos poderíamos mover.
Finalmente, as resistências foram vencidas. Pelas duas e um quarto, já do lado palestiniano da fronteira, chegaram os jipes. Na primeira hora de trégua assistimos à chegada de cinco ambulâncias do crescente vermelho com feridos em estado grave e que foram transferidos para as suas congéneres egípcias. Alguns dos feridos mais graves são transferidos para hospitais no Egito para serem operados. Com anestesia, algo a que os que ficam deixaram de ter direito.
Vários jornalistas perguntaram-me se vi muitas paisagens de destruição. Vi, mas não foram elas que me impressionaram. Estive em Gaza uma mão cheia de vezes e conheço-as. As mais recentes não são diferentes. A destruição por bombardeamento ou canhoneira carece de imaginação. Retive dois quarteirões arrasados, um no primeiro dia de guerra aérea, outro com três dias – porque ficavam a metros do centro de distribuição de alimentos da UNRWA em Arafat.
Principalmente, não me esquecerei que 4 bombas de grande porte caíram durante o período de tréguas. Os silvos de aviação e o impacto dessas explosões, esses sentimo-los bem. Posso garantir: Israel não respeita tréguas.
Durante as tréguas o povo sai para a rua. Não há praticamente lojas abertas, mas as pessoas saem para respirar, passear e recolher as informações do dia. Se cai uma bomba a algumas centenas de metros, olham para a coluna de fumo, e a vida continua. Dito assim, parece terrível e é. Porque terrível é o modo como este povo interiorizou a vida com bombas.
Ouvimos outra a cair quando estávamos no segundo ponto onde paramos – o centro de acolhimento para refugiados de Arafat – e a reação foi a mesma. Este padrão só se alterou quando, regressados à fronteira, uns minutos antes do fim da trégua, caças israelitas lançaram das alturas os foguetes que iluminam a zona que vai ser objeto de bombardeamento. Depois, um silvo, que me pareceu mais próximo do que os anteriores. Ato contínuo, os enfermeiros das ambulâncias afastam-se das viaturas e eu, em reflexo condicionado, acompanho-os. Segundos depois, a explosão, a não mais de 200 ou 300 metros, mesmo ao lado do muro do chamado “corredor de filadelfia”. Foi perto, mesmo perto, e os de lá pressentiram-no. Como se antecipassem o fogo do céu.
O centro de acolhimento de refugiados da UNRWA em Arafat é um dos 26 que administram no território. Este acolhe 1215 crianças e mulheres. Crianças e mulheres que ficaram sem casa ou sem família. Os rostos delas e as suas palavras são severas e dignas. O das crianças e dos jovens era entusiasmado. Não entendo o árabe, mas há momentos em que o som das palavras e os movimentos dos corpos dispensam tradução. Estava tudo naquele protesto, naquela dignidade, naquelas mãos elevadas para o céu e naquela felicidade momentânea. A chegada dos de fora, os primeiros a entrarem, foi um bálsamo. Afinal, não estavam sós no mundo. Lá fora, muitos se batem contra este delírio. Não lhes levámos comida, mas outro tipo de alimento. Só por isso valeu a pena. Valeu para eles e valeu para a coragem dos homens da UNRWA que, contra todas as pressões, quiseram mesmo que entrássemos para aumentar a pressão sobre os que decidem do fim deste conflito sem solução militar.
Foi nesse mesmo centro, uma escola preparatória das Nações Unidas transformada em refúgio que pudemos ouvir o responsável máximo da UNRWA na faixa de Gaza explicar o óbvio – que se houvesse uma só munição ou arma nestas escolas, ninguém nelas procuraria acolhimento. Isto a propósito do bombardeamento de outra mais a Norte, há uns dias. Foi também aí que John Gilgs nos recordou outra evidência – que cada dia que passa sem um acordo de cessar-fogo e a reabertura das fronteiras têm um preço insuportável em vidas humanas. Esta é a mensagem desta visita – a primeira a romper um bloqueio criminoso. Outras considerações, de ordem política, deixo-as para mais tarde. Agora vou rever as imagens que filmei. É noite de lua cheia, faz um frio de rachar lá fora e eu sei que aqueles corpos se encaixam uns nos outros enquanto as bombas caem.
(Texto de Jonh Mills)

A guerra vista por quem participa diretamente do fato é muito diferente de quem apenas vê pela TV, lê nos jornais ou ouve pelo rádio. Fica bem claro como é uma atrocidade sem tamanho o homem ainda causar a guerra por ambição, orgulho, vingança, dinheiro, terras, enfim o homem acha qualquer razão para detonar um conflito, e muitos civis e soldados morrem em mais um drama onde o homem é o herói e vilão ao mesmo tempo.
Uma pena que ainda vemos e presenciamos a guerra em nosso planeta.
Um dilema que envolve vários países, que faz com homens deixem suas famílias, suas cidades para lutar e sem saberem se voltarão um dia para seus lares e entes amados.
A guerra não é programa da Terra, é o homem que causa isso, cria a situação onde muitos se envolvem por um motivo que às vezes vem do passado, se pegarmos os fatos históricos vamos ver quantas guerras e revoluções nós já armamos pelos séculos passados. Consequentemente se o homem começa outro conflito muitos que lutaram em outras vidas dependendo de cada caso se envolverão nessa nova guerra. Mas a guerra, como escrevi não é para acontecer, somos nós que a provocamos por tudo que descrevi acima, pelos nossos sentimentos ainda baixos e mesquinhos.
Um dia ela desaparecerá do planeta. Com nossa evolução, com a mudança de comportamentos, com uma solidariedade maior entre os povos, tudo se estabelecerá em uma grande paz mundial. Acreditem, eu acredito, poderá demorar, mas com certeza esse planeta ainda será muito melhor do que já é.
Que façamos nossas preces por todos aqueles que morrem no campo de batalha, pelos inocentes civis, pelos dirigentes deste globo para que possam entrar em entendimento e chegar a um acordo de vida e não de morte!
Esse texto foi enviado pelo nosso amigo do blog Jonh Mills, soldado do exército alemão, ele é brasileiro, e vive a guerra em sua vida, ou seja, esse é um relato de quem realmente sabe e sente o que é estar em uma guerra! Muita força e coragem é o que desejamos a você! E assim que possível pode nos mandar mais textos como esse revelador e verdadeiro para despertar em nós a compaixão e a solidariedade!!! Abraços amigo!!!!

Galera voltamos com a rádio em nosso blog, vamos ver se agora ela fica, pois, das outras vezes ela sumia e não conseguíamos colocar de volta, espero que curtam o som na boa. Nossa enquete sobre a biografia está assim: Sara Brightman 15 votos, Andrea Bocelli 5 votos e George Michael 3 votos. Continuem votando até amanhã para fazer a biografia, e podem pedir a biografia de quem quiserem para colocarmos aqui ok? Enviem suas fotos e textos para a coluna de quinta como fez o Jonh relatando algo de vocês ou um texto criativo, e peçam suas músicas.
teatromonteirolobato@globo.com

Pessoal nosso blog completa dois anos no ar neste domingo, dia 02!!!!! Vamos celebrar!!!!

Galera faça amor, não faça a guerra!!!!!


Álbum Cia. de Artes Monteiro Lobato!!!!
Janaína e Maria Creuza, filha e mãe, juntas em nosso elenco!!! Isso é bem familiar...
Nossa como são bons atores fingem prestar uma atenção, quem vê pensa... Hum!!!!!


O mundo todo azul de Patrícia, ela pensa em sua personagem e tudo é azul na vida!!! Mas parece ser mais um pesadelo!!!

"Vídeo Arte" - Daniel Powter - "Bad Day" - Às vezes temos um mau dia, mas mesmo assim é necessário continuar, tudo vale a pena, o dia ruim faz-nos mais fortes para os melhores dias!!!



7 comentários:

Jeferson disse...

A Patricia é loca assim memso, fica toda azul

Anônimo disse...

Olha, vou fazer guerra contra vc rsss....

Abaixo, letra de uma música:

Navega navegante
Barco de papel
Navegando os sonhos que vem lá do céu
Um navio pirata espreita o azul do mar
De repente
Até pinta guerra
Só depende de nós na terra

REFRÃO:
Toda beleza do mundo pode se acabar
Basta um momento
Um segundo
Mundo pelo ar
Toda alegria da terra
Vive pela paz
Toda tristeza da guerra
Nunca
Nunca mais

Voa voa
No vento
Nuvem avião
Uma estrela cadente lá na imensidão
Um desejo que a gente possa compreender
De repente
Até pinta guerra
Só depende de nós na terra

Sempre Aprendiz disse...

“Posso garantir: Israel não respeita tréguas.” Após essa sua afirmativa pergunto a você se o Hamas respeita. Se bem compreendi, você sendo do exército alemão está em missão junto a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) e como tal não deveria abraçar bandeiras. Deveria unicamente “lutar” pela PAZ e a PAZ não tem cor ou credo. Pergunto: porque será que a Sra. Navi Pillay, alta comissária da ONU de Direitos Humanos, declarou a época dos acontecimentos a que você se refere que condenava os ataques do movimento islâmico Hamas, que controla Gaza, contra alvos israelenses. Ante tal declaração, supomos que Israel apenas tenha praticado autodefesa e, infelizmente, quando a violência de uma guerra contamina as nações e seu povo, sempre haverá a morte de inocentes. Penso que não haja heróis nesta contenda, porém, não há um só lado de razões. A guerra é uma seleção de horrores aonde o grotesco vai se apossando do ser humano, mutilando-o e deformando-o, física e espiritualmente. Ah! A Sra. Navi Pillay também declarou que Israel usou a força de forma desproporcional ao responder aos atentados, portanto, repito, não há heróis neste combate. Penso, portanto, que nem todos os textos sejam verdadeiramente reveladores e verdadeiros. Muitas vezes são o resultado de nossa mal formada própria visão.

Pelé disse...

E a guerra foi declarada... Bombas assassinas caem sobre inúmeras cidades e seus arredores, arrastando em sua trilha obscura e mortal não apenas soldados e militares, mas também civis, crianças e mulheres inocentes e indefesas. E o sentimento dos homens de paz, no mundo, em momento assim, se posso ter a ousadia de interpretar é de pavor e perplexidade. Odeio a guerra, a fome, a miséria e os homens que lutam nela em nome de uma falsa verdade.

Luigui disse...

Como o espiriismo explica as guerras?

Luigi disse...

Se eu tivesse nascido no Brasil, mesmo tendo descendência alemã, jamais usaria meu direito de dupla cidadania. Jamais me incorporaria as forças armadas, menos ainda a de outro País. Terra que não me deu acolhida ao nascer. Não lutaria pela crença dos outros. Não lutaria por uma falsa paz em nome de homens horrendos que exterminam pessoas por não serem de seu credo. Odeio a Guerra e os homens que estão nela.

Maurício disse...

Cara que furada
O shaun era melhor assunto