Em uma clínica seis pacientes aguardam o médico para uma consulta, ele está atrasado e assim os pacientes vão aos poucos chegando e travando conhecimento um com o outro. Só que esses pacientes têm ao mesmo tempo algo em comum e que os diferencia em muito em suas atitudes. Todos sofrem de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) assim cada um tem um problema que é só seu, o aposentado que fala palavrões a qualquer momento e faz gestos obscenos, a profissional de saúde que limpa tudo e lava as mãos várias vezes, a dona de casa que checa todas suas atitudes várias vezes antes de sair de casa, o certinho que não anda sobre listras, o taxista que não para de fazer contas sobre tudo e a moça que repete tudo o que diz em seguida inclusive os gestos, todos se conhecem na espera do médico e aí começa uma grande confusão.
Com um texto ágil as cenas se desenrolam rapidamente, cada novo paciente que entra em cena novas situações se misturam as já apresentadas e cada personagem expõe suas dificuldades. Como o médico não chega, eles resolvem tentar eles mesmos fazer a terapia desenrolando assim um relacionamento entre todos, ao mesmo tempo em que se atacam se ajudam e aos poucos estreitam suas amizades.
O texto coloca a princípio pessoas que não se conheciam em uma situação vexatória para todos, pois, cada um tem seus ataques de Toc e não conseguem reprimir isso, eles expõem suas dificuldades, constrõem uma comunicação, que passa do estranhamento para o compreensão e para finalmente a ajuda em grupo, naturalmente sem o médico eles dividem seus dilemas e tentam chegar a uma conclusão.
A peça é uma grande brincadeira séria trata de um assunto que muitos têm, mas por nenhum momento agride, ridiculariza, humilha, muito pelo contrário em ritmo de comédia a direção e os atores nos mostram como desconhecidos podem se quiser tentar uma aproximação e ajudar o outro, a compaixão pela dificuldade de cada um é muito bem colocada pelo texto e pela direção do espetáculo, ao final terminam amigos e solidários com seus dilemas. Há uma surpresa ao final da peça que não posso contar uma sacada genial do dramaturgo.
Os atores são excelentes, o tom de comédia é perfeito, a expressão corporal usada em cena é de tirar o chapéu, todos tem destaque, contudo a atriz que faz a moça que repete tudo é excelente, ela rouba o espetáculo em todas suas cenas, tanto ao repetir suas frases como na linguagem corporal, inesquecível, como diz uma das personagens para ela: “Que memória”!!! Há uma boa química entre todos, as expressões, os diálogos correm soltos pelo palco, os atores estão à vontade ao interpretar personagens tão diferentes em seus comportamentos.
“Toc Toc” é riso garantido, alegria e faz pensar em como nós podemos nos comportar com desconhecidos e ainda mais com comportamentos estranhos e se pensarmos bem, nós não temos nada estranho em nós???
A peça tem direção de Alexandre Reinecke e a produção de LG Tubaldini Jr, da Filmland Internacional, a comédia traz no elenco Cynthia Falabella, Riba Carlovich, Sandra Pêra, Marat Descartes, Andréa Mattar, Sergio Guizé e Carolina Parra. Vale a pena ir, rir e refletir!
Até dia 21 de novembro no Teatro Gazeta, Avenida Paulista, 900. Essa peça faz parte da campanha Vá ao Teatro com ingressos à R$ 5,00!!! Boas gargalhadas!!!
Álbum Alma Espírito!!!
Que juíz é esse??? Ele é judeu??? Vejam "Nós Somos Encantados" no ar a partir de sábado!!! Sepej às 19 horas, ingressos no local!!!!
"Vídeo Arte" - Festival Tupi - "A Gordinha" - Novela que foi ao ar em 1970 com Nicete Bruno no papel principal!!!
"Vídeo Arte" - Christmas Festival - "My Christmas Card To You" - Meu cartão de Natal para você - Qual será o cartão de Natal que iremos receber? E qual vamos mandar???
Um comentário:
Vou assistir Toc Toc amanhã. Depois eu comento. Bjs
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