quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ALMA CULTURA - PALCO NA ALMA!!!


Gianni Ratto - O diretor e cenógrafo italiano que transformou o teatro brasileiro

O diretor e cenógrafo Gianni Ratto nasceu em Milão, na Itália, em 1916. Seu primeiro contato com a arte se deu quando era criança, ao visitar o ateliê de um cenógrafo. Estudou arquitetura por um período em Milão e depois cinema no Centro Experimental de Cinematografia em Roma. Fez cursos de artes plásticas no Liceu Artístico de Gênova. A partir de 1946 começou a trabalhar em teatro, passando por teatro dramático, lírico, musical, dança e revista. Estreou como cenógrafo na montagem de “Electra e os Fantasmas”, de Eugene O'Neill, com a companhia Benassi-Torrieri. Em 1947 ajudou a fundar o Piccolo Teatro de Milão ao lado de Giorgio Strehler e Paolo Grassi, onde desenvolveu seu trabalho de cenografia e indumentária durante sete anos. Também trabalhou como cenógrafo e vice-diretor artístico do Teatro Scala, de Milão, onde integrou importantes realizações ao lado de Maria Callas, Strehler, Karajan e Stravinski. Depois de alguns anos passou a se sentir necessidade de explorar a direção.
Em 1954 achou esse novo caminho quando foi contratado pelo Teatro Brasileiro de Comédia, tornando-se um dos responsáveis pela evolução da cena brasileira nos anos 50, através de uma enorme quantidade de montagens históricas. Maria Della Costa e Sandro Polloni foram à Itália convidar Ratto para fazer a cenografia e dirigir o espetáculo “O Canto da Cotovia”, de Jean Anouilh, que inaugurou o Teatro Maria Della Costa em São Paulo.
Foi grande incentivador da dramaturgia nacional, pesquisando autores e encenado peças como “ A Moratória”, de Jorge Andrade e “O Mambembe”, de Artur Azevedo. Em 1956 foi contratado pelo Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, onde montou “Eurydice”, de Jean Anouilh, com Cacilda Becker e Walmor Chagas. Houve um problema nesta montagem, em que o empresário Franco Zampari mandou incendiar todos os elementos cênicos após um desentendimento com Ratto. Com isso, Gianni transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde dirigiu “Nossa Vida Com Papai”, com Fernanda Montenegro, no Teatro Ginástico, peça que ficou dez anos em cartaz na Broadway. Grande sucesso, a montagem também foi encenada em São Paulo.
Em 1958 dirigiu duas peças em Salvador, “As Três Irmãs”, de Anton Tchecov, e “O Tesouro da Chica da Silva”, de Antônio Callado, como convidado da Universidade Federal da Bahia. Voltando para o Rio de Janeiro, uniu-se aos atores Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sérgio Britto e Ítalo Rossi e fundam o Teatro dos Sete, com a peça “Mambembe”, de Artur Azevedo, com enorme sucesso. Também investiram em uma peça política “A Profissão da Senhora Warren”, de Bernard Shaw, em 1960, mostrando a fome no sertão do Piauí. Montaram ainda “Com a Pulga Atrás da Orelha”, de George Feydeau, “Apague Meu Spotlight”, comédia de Jocy de Oliveira e “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, na qual Gianni Ratto não foi responsável pela encenação.
A partir de 1963, a companhia começou a fazer apenas uma montagem por ano. A última peça que Ratto dirigiu com o grupo foi “Mirandolina”, de Goldoni, em 1964. Em 1966 ele foi convidado pelo Teatro Nacional de Comédia, TNC e montou mais uma vez Jorge Andrade, “Rasto Atrás”. Com a entrada do país na ditadura, Gianni colaborou com o Grupo Opinião, em 1966. Montaram “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come”, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, uma das peças-símbolo do movimento de resistência.
No Teatro Cacilda Becker (TCB) experimentou seu lado de autor, escrevendo “Devia Ser Proibido”, em parceria com Bráulio Pedroso. Em 1968, fundou o Teatro Novo, de dança e teatro, reformando inteiramente o Teatro República. Esse projeto teve duas montagens “Ralé”, de Máximo Gorki, e “Ubu Rei”, de Alfred Jarry. Em 1972, dirigiu Beatriz Segall, em “O Casamento de Fígaro”, de Beaumarchais, tendo um elenco de atores negros e brancos. Em 1975, encenou “Gota d'Água”, de Paulo Pontes e Chico Buarque, tendo Bibi Ferreira como protagonista.
Nos anos 80 trabalhou com Sérgio Mamberti em uma versão de “Drácula” e com Renato Borghi, e, “O Amante de Mme. Vidal”. Em 1993, dirigiu “Porca Miséria”, de Marcos Caruso e Jandira Martini, que se tornou um sucesso de público. Em 2001, foi nomeado o curador do Formação de Público, onde escolhia peças e diretores que formam o projeto da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Gianni Ratto morreu no dia 30 de dezembro de 2005 em São Paulo, aos 89 anos. Seus filhos e sua viúva criaram o Instituto Gianni Ratto, com o objetivo de divulgar e disponibilizar seu acervo para o público (http://gianniratto.org.br/).
Fonte : http://www.agentesevenoteatro.com.br/

Álbum Alma Espírito!!!
Ruth e Gianfresco da Lua encontram Daniel (Lucas) O Profeta... Tudo isso em "Nós Somos Encantados"!!!

Ruth... Será?? Raquel?? Eu não sei... Carlos ficará com quem?? E Gianfresco da Lua vai para onde??? "Nós Somos Encantados"!!!


Carlos (Jeferson) namora Ruth ou Raquel??? Nem ele sabe... "Nós Somos Encantados" !!!


Gianfresco da Lua (Mário) e Ruth e Raquel (Janaina) em "Mulheres de Areia" dentro de "Nós Somos Encantados"!!




"Vídeo Arte" - Festival TV Tupi - "A Grande Chance" com Flávio Cavalcanti na década de 70!



"Vídeo Arte" - Christmas Festival - Josh Groban - "Believe" - Acredite - Acreditar nos sonhos e deixar as asas crescerem para levá-los... Tudo é possível... Apenas Acreditemos!!!!

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