O que chegou até nós foi um filme comum, ou seja, toda expectativa promovida antes para o filme não corresponde o que é visto nos cinemas. Um roteiro arrastado, didático por demais em algumas cenas, direção falha em outras, histórias que poderiam ter sido mais exploradas ficaram a desejar, parece que houve medo de seguir adiante ou mostrar mais coisas do plano espiritual. Claro que não daria para colocar todo livro em cem minutos de filme, contudo o roteiro poderia ter sido mais abrangente e não ficar preso somente na trajetória de André Luis (Renato Prieto) apesar de o livro tratar do seu desencarne e a descoberta de uma nova vida, o que fica em termos para o expectador, para os espíritas tudo bem porque já sabem da história, entretanto aos leigos o filme fica a dever um melhor desenvolvimento não didático, deveria usar mais ação para explorar essa vida espiritual. O filme foi feito para os espíritas e ninguém mais, a produção esqueceu o público não espírita a ser conquistado não para converter em espíritas, mas para apresentar quem sabe para aqueles que não acreditam em nada uma ponta de esperança. Para esses o filme não passa de pura ficção científica.
As interpretações variam muito, algumas expressivas como Paulo Goulart, Ana Rosa, Fernando Alves Pinto que consegue colocar veracidade em Lísias, Othon Bastos, Selma Egrei, outros passam despercebidos por serem mal aproveitados ou pelas suas personagens não terem sido exploradas com mais detalhes pela direção, caso de Eloísa vivida pela atriz Rosanne Mulholland que poderia ter sido mais aprofundada ganhando um gancho mais dramático dentro do filme. Com relação a André Luis vivido por Renato Prieto ficou no ar uma interpretação arrogante, durante o tempo todo a personagem apesar de todas as dificuldades que encontra não passa emoção, não toca no coração, uma interpretação reta, linear, aqui não sei se foi escolha da direção ou do ator por esse tipo de abordagem interpretativa, pecou pela falta de mais simplicidade e sentimento, aliás o filme não emociona no geral, a cena mais tocante é da chegada de grupos de espíritos que morrem na segunda guerra, a melhor cena do filme por abranger a todos de uma forma igualitária.
Com relação aos efeitos especiais eles são comuns nada do que não se viu em filmes de Hollywood, bonito, porém nada que nos fizesse admirar profundamente. Aliás abusou-se da cor branca em demasia.
Valeu a intenção, contudo o filme não diz a que veio contar a história de André Luis ou mostrar a vida além da morte, ficou entre um e outro e não mostrou nada expressivamente.
Quando se explora um tema específico como religião não se pode fechar só no grupo, é necessária uma visão mais ampla de quem vai ver o filme, explorar mais o campo que o próprio tema tem e isso não foi feito em “Nosso Lar”!
É um filme regular entre altos e baixos. Que se tenha mais cuidado com as próximas produções ditas espíritas e que também haja o cuidado para que não se crie uma moda de filmes espíritas e vire banalidade, porque já se fala no filão espírita de filmes e isso é perigoso.
O filme “Chico Xavier” neste ponto se saiu bem melhor em todos os aspectos e está muito acima dessa nova produção espírita.
É para ser visto com olhos bem abertos, mas não endeusado!

Album Alma Espírito!!!
"Vídeo Arte" - Selena Gomez and The Scene - "Naturally" - Naturalmente - Tudo acontece? O que é ser natural? Agimos naturalmente???
4 comentários:
Oi galera,como havia comentado anteriormente,assistir Nosso Lar, e concordo com meu diretor que não teve tanta emoção quanto Chico Xavier, não comentei antes porque achei que tinha sido só eu que havia tido esta impressão do filme, pois as pessoas que tinham assistido elogiaram o filme.
Mas não teve nenhuma emoção.
Uma ótima quinta feira.
bjs
Concordo com a Lu, tb achei do Chico melhor.
Emanuel e Andre????
Não entendi??
Abraçoss
Ainda não assisti, mas toda produção espirita deve ser analisada e não endeusada. bjks
Diretor, posta esse vídeo por favor:
http://www.youtube.com/watch?v=kglkoGLpWhQ
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