segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CRÔNICA DA ALMA - MARCAR A VIDA!

Estamos a viver uma época de saudades! Basicamente em muitos setores, principalmente da arte há um revival de muitas coisas, e a década de 80 está em evidência, músicas, remakes de alguns filmes, novelas (como TITITI) e até algumas peças voltaram. O que ocorre? Por que será que as coisas da geração atual não são tão atraentes? Elas são muito passageiras, e as do passado continuam a fervilhar em nossas cabeças. Falei da década de 80, mas até hoje, os anos 70, 60 e 50 estouram em qualquer lugar... Épocas eternas! Passa anos e elas continuam, contudo os de 90 e 2000 e de agora são meras lembranças!
Isso me faz pensar em nossa acomodação, em nossa vontade, em nossos ideais. Naquelas épocas havia um ideal, uma proposta objetiva, se lutava por aquilo que queria com garra, com esforço, era dar duro para conseguir um lugar entre muitos. Não que se faça isso hoje, mas são poucos que lutam com objetivos sérios e bem planejados. A grande maioria quer tudo fácil, o sucesso instantâneo, rápido, chegar ao pico de qualquer forma sem planejar, entretanto fazer qualquer coisa é a meta dos dias atuais.
Parece que muitos não ligam para o jeito que chegarão lá, importa chegar e aí fazem obras sem muito compromisso e consequentemente esquecíveis. O que não ocorria com a maioria no passado, não que eles não quisessem o sucesso, porém eles tinham um ideal para chegar lá, sabiam o porquê, hoje vale tudo.
O que nos faz mais alienados, mais preguiçosos, sem querer ter esforço para nada, tudo precisa ser fácil, nas mãos? O conquistar perdeu o sabor de vitória???
Como é bom ter um ideal a conquistar, a trabalhar por ele, esforçar ao máximo, crescer com os erros e acertos do caminho. Ninguém quer errar, querem perfeição sem aprendizado, e isso só os faz ser um cometa na vida, passam e somem no infinito. Aqueles que perseveram, lutam abrem caminhos com as próprias mãos, são corajosos, chegam lá e mesmo que caiam um pouco, continuam a produzir e a marcar gerações.
Precisamos resgatar o valor do esforço, de começar de baixo, plantar sementes e ir cultivando aos poucos com sabedoria, saber adubar no momento certo, arrancar as ervas daninhas, os bichos que possam invadir, sempre atenção na estrada percorrida e colher aos poucos os frutos e não tudo de uma vez, mais cuidado no que desejamos, como fazemos, planejar, e muito importante saber ser paciente, persistente sem arrogância, ouvir todas as críticas, boas e más, saber selecionar o que ouve o que é bom para crescer, mas jamais esquecer que para tudo precisamos de ajuda, colaboração, não fazemos nada sozinhos.
É preciso motivação nessa nova geração, exemplos de luta, para que haja produção de qualidade não somente na arte, mas na vida em geral, há grupos na luta com esforço e isso é bom, contudo devemos ver que há uma grande parte querendo tudo muito fácil e esses com certeza irão sofrer mais pela decepção no futuro de não conseguirem manter o que construíram sobre a areia, pois, faltou algo sólido que os fizessem ser eternos.
Não se consegue nada sem esforço, sem luta, sem vontade, sem alma para que seja uma lembrança eterna no universo!

Álbum Alma Espírito!!!!


Um maestro que incentiva os músicos para a realização de suas carreiras!!! "As Notas" no Recanto de Interlagos em 25/09/2010!

Uma dança que é um sonho!!! E que pode se transformar em pesadelo! "As Notas" no Recanto de Interlagos em 25/09/2010!

Estão de castigo??? O que aprontaram?? Mais uma dança de "As Notas" no Recanto de Interlagos em 25/09/2010!


Estamos de penitência??? É apenas mais uma dança em "As Notas" no Recanto de Interlagos em 25/09/2010!


"Vídeo Arte" - Festival TV Tupi - Inauguração da televisão brasileira!!!


"Vídeo Arte" - Justin Bieber - "Baby" - Bebê ou meu bem, meu amor, querida, querido! Quem é nosso baby??? Temos um?? Somos nós???

4 comentários:

Bruno Cavalcanti disse...

Hoje as coisas estão mais passageiras, tudo é fugaz (fullgás - na métrica mariniana hehe). Todos nós estamos mais imediatistas e não temos mais tempo de fazer com que nada seja criado para ser lembrado. O agora é a palavra chave.
Nos anos 50, 60, 70, 80 havia um ideal, principalmente na arte. Um ideal da "arte pela arte". Era algo pós-futurismo, ninguém mais queria aquela estética futurista de pressa e passagem. A evolução aconteceria do modo que acontecesse e nós aceitaríamos aquilo lutando ou não. Hoje não existe mais essa possibilidade do "lutando ou não", é apenas o "ou não".
O imediatismo na arte, por exemplo. São poucos os que se preocupam com a arte como ela deve ser, a preocupação é vender. O mercado (musical principalmente) está abarrotado de produtos simplesmente comerciais, sem nenhum cunho artístico, estamos rodeados de Justins Biebers (adorei a citação do vídeo dele ao tratar desse tema), Restarts, Cines, Luans Santanas e tantos outros que, confesso, me dão dor de cabeça, me dão pânico! E por falar em pânico eis mais um exemplo, esse na televisão. O Pânico na TV que, a meu ver, é um dos programas de menor qualidade da TV. Até hoje não me conformo de uma das repórteres querer arrotar no rosto de Laura Cardoso. Hoje temos realitys shows pra dar e vender e, convenhamos, nenhum que valha à pena. "BBB"? "A Fazenda"? "Buzão do Brasil"? Obrigado não! Já me canso muito cuidando da minha vida, cuidar da vida de terceiros não me encanta tanto assim.
Os remakes, no entanto, se fazem necessários, afinal existe um público (um grande público) que procura uma qualidade menos imediatista, uma qualidade não tão fácil de se vender (um exemplo? "A Vida Alheia". Difícil de engolir a linguagem da série, porém foi uma das que mais teve qualidade). Precisamos da música de antigamente também. Por que será que a Gal Costa e a Rita Lee simplesmente superlotaram o Anhembi neste fim de semana? Gal na sexta e Rita no sábado. Os shows delas (e de tantos outros: Caetano, Gil, Bethânia, Zizi, Marina, Elza, entre outros) é lotado de jovens, jovens que falam a mesma língua deles e os entende. Jovens que tem um ideal. Ultimamente tomo muito cuidado ao dizer que a juventude está perdida, porque temos jovens (jovens da minha idade, é bom focar) que estão sim aí pra tudo. Pra política, pra música, pra teatro, pra TV, pra cinema, pra cunhos sociais, enfim...
Ontem Marília Gabi Gabriela entrevistou a psicóloga Lídia Arantangy (de quem sou fã) e falaram de "bullying", mas, além deste tema, a psicóloga tratou também do nosso imediatismo. Dados provam que hoje a adolescência tem começado mais cedo, e esse cedo é entre os 8 e 9 anos. A erotização, a sexualização de jovens (beeeeeeem jovens) é outro fator resultante desse nosso imediatismo...

Bruno Cavalcanti disse...

(...)O mundo está girando rápido (ao meu ver rápido demais) e nós estamos tentando nos adaptar a uma realidade que ainda não chegou. Meninas de 10 anos dançando em volta de uma garrafa fazendo gestos erotizantes enquanto a família toda aplaude em volta. Todos que me conhecem sabem que não sou politicamente correto, sou até contra o politicamente correto por achá-lo preconceituoso. Mas tudo tem um limite, e acredito que estamos extrapolando esse limite.
Esse texto vem muito bem a calhar, principalmente porque a peça em que estamos trabalhando é uma crítica feroz à falta de profissionalismo que hoje assola a humanidade. Temos gente MUITO boa hoje, e isso é impossível de se negar. Temos ótimos programas, dentre eles: "Separação?!", "Som & Fúria", "A Vida Alheia", "Junto & Misturado", mas todos com vida curta. Claro que há excessões. Há um programa que adoro: Furo MTV. É engraçado, rápido e com um humor crítico bárbaro. A mesma coisa o "CQC", engraçado, polêmico, bem feito e inteligente. Essa é uma mistura basicamente certeira. Na música temos, hoje, gente nova maravilhosa: Roberta Sá, Maria Gadú (de quem já estou me enjoando), Ana Cañas, Ana Costa, enfim, gente de qualidade. Humoristas bárbaros, temos a comédia stand-up que é bárbara, enfim.
Vou deixar de me alongar por aqui, mas o imediatismo não nos leva muito além do lugar comum, e é essa preguiça de ir além do lugar comum que faz com que nossa sociedade coloque no poder gente que não fará nada de novo, ou não fará simplesmente nada.

Anyway, encerro por cá. Ótimo tema escolhido diretor.

BC.

Ah, e só pra encerrar, citando Erasmo:

"Quem começa um caminho pelo fim perde a glória e o aplauso da chegada"

Marlene disse...

"My first love broke my heart for the first time"
"For you I would have done whatever"
"I thought you'd always be my"

Bonitinha esta música né? Minha sobrinha é apaixonada por ele. É tão bonitinho vê-la cantando...

Anônimo disse...

Diretor, coloca este vídeo, please!

http://www.youtube.com/watch?v=zEniZOPDTF0