quinta-feira, 29 de julho de 2010

ALMA CULTURA - TITITI EM GYPSY

Televisão

Muitas vezes a arte faz releituras de obras que foram sucesso e essenciais em suas épocas, no teatro isso sempre foi recorrente, peças serem montadas diversas vezes com direções e atores diferentes, enfatizando algo novo dentro da história já conhecida, dando nova roupagem, novo sentido em cenas, personagens, as remontagens foram e sempre serão feitas, pois as gerações mudam e muito do que foi produzido em dado tempo volta para que essa nova geração conheça. Na televisão de um tempo para cá os remakes estão sendo uma saída para a falta de originalidade que se abate em nossa programação televisiva, e o remake ganha força na produção de antigas novelas que voltam com nova releitura, elenco mudado, outros diretores, com a base de sua história mantida, mas com muitas mudanças nas tramas paralelas e com personagens novos. Alguns remakes fazem sucesso, outros deixam a desejar!
Desde dia 19 está no ar mais um remake, desta vez da novela “TITITI” que foi ao ar pela primeira vez entre 1985 e 1986 com 185 capítulos, escrita por Cassiano Gabus Mendes e dirigida por Wolf Maya com um elenco excelente. Nesta nova leitura a novela está sendo escrita por Maria Adelaide Amaral e dirigida por Jorge Fernando e com um elenco bem maior do que na primeira versão. Além do mais Maria Adelaide fundiu dois núcleos de “Plumas & Paetês” novela de 1980 do próprio Cassiano em “TITITI”.
Os primeiros nove capítulos da nova versão foram ótimos. O elenco está quase todo afinado, os atores mais jovens precisam de algum ajuste que virá com o tempo, o texto está impecável, Maria Adelaide Amaral conseguiu imprimir em seu texto a alma do texto de Cassiano Gabus Mendes, o humor ingênuo, porém eficaz funciona muito bem e nesse quesito os atores Alexandre Borges como Jacques Leclair e Cláudia Raia como Jacqueline, estão impagáveis em suas cenas. Murilo Benício como Ariclenes futuro Victor Valentin está indo bem, vamos ver como se sairá na pele do costureiro espanhol. Malu Mader como Suzana não deixa nada a desejar a Marieta Severo a Suzana de 85, na primeira versão Malu foi Valquiria. O resto do elenco vem se alternando entre dramas e comédia e deixando todos nós com vontade de continuar a seguir a novela, mesmo sendo uma história conhecida e com um final marcado. Maria Adelaide mudará algo? Pode acontecer, mas essa nova leitura de “TITITI” tem tudo para ser um grande sucesso de novo. A trilha sonora vem beirando por clássicos da década de 80 e faz lembrar a todos de muitas cenas em nossas vidas, ponto ganho. A direção de Jorge Fernando como sempre dando cores e movimentos nas cenas fazem com que queiramos participar das encrencas de Jacque e Ariclenes. Luiz Gustavo e Reginaldo Farias defenderam essas personagens na primeira versão que está ainda em nossa memória, contudo pelo que vi nesses primeiros capítulos, Alexandre Borges e Murilo Benício tem tudo para igualá-los ou superá-los! A abertura é praticamente a mesma de 85 só que feita por computação gráfica o que não existia na época da primeira versão. Só uma reclamação, a música deveria ser cantada pelo mesmo grupo, Metrô e deveria ser mantido o mesmo ritmo frenético, a nova versão cantada pela Rita Lee é lenta demais para uma novela cheia de energia, quem sabe eles não mudem isso??? Ainda dá tempo! “TITITI” promete muito. Vamos aguardar!




"Vídeo Arte" - A abertura da primeira versão de "TITITI" em 1985! Mais vibrante!




"Vídeo Arte" - Cena de "TITITI" em 1985, Luis Gustavo (Victor Valentin) e Sandra Bréa (Jacqueline) de primeira!

Teatro

Totia agiganta e arrebata 'Gypsy' do início ao fim
Opinião de musical
Título: Gypsy
Elenco: Adriana Garambone, Eduardo Galvão, Totia Meirelles, Renata Ricci e grande elenco
Direção e adaptação de texto: Charles Möeller
Direção musical e versão das letras: Cláudio Botelho
Local: Teatro Alfa - São Paulo (SP)
Data: 20 de julho de 2010 (pré-estreia) - em cartaz até outubro de 2010
Cotação: *****
Clássico da Broadway e exemplo dentre todos os musicais já montados desde a década de 60, Gypsy chegou ao Brasil no ano de 2010 pelas mãos competentes da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho. O musical aportou primeiro no Rio de Janeiro, onde cumpriu temporada de abril até junho, e agora chega a São Paulo onde cumpre também curta temporada até outubro. Com estreia prevista apenas para dia 23 de julho, o musical fez uma pré-estreia fechada apenas para convidados (como este que vos escreve).
O musical conta a história da stripper norte americana Rose Louise Hovic, mais conhecida como Gypsy Rose Lee, e foi baseado em sua auto biografia. Mas a grande protagonista do musical não é Gypsy (encarnada com maestria por Adriana Garambone), mas sim sua mãe, uma das personagens mais místicos e importantes da história dos musicais: Mamma Rose. Quem dá vida à Rose é a atriz Totia Meirelles, que encarna a personagem fazendo com que esse seja o grande papel de sua carreira.
Logo no início, Totia já mostra que sabe bem como dar vida à mãe preocupada e obcecada pela carreira das filhas. Baby Louise (Juliane Oliveira) e Baby June (Larissa Manoela) – a qual cativou a platéia logo de início. O espetáculo também contou com efeitos cênicos profissionais e trocas de cenário exemplares, mostrando que o Brasil chegou, enfim, ao estatos de Broadway na montagem de musicais pelas mãos de Möeller e Botelho.
Os atos são divididos quase que pela importância que a mãe, Rose, dá para a carreira de cada filha. O primeiro ato retrata a luta de Rose para que as filhas tornem-se estrelas, e para que o destaque seja June. E, para tanto, ela conta com a ajuda do falido empresário Herbie, vivido corretamente por Eduardo Galvão (que só tem sua grande cena já no final do espetáculo, quando Herbie abandona Rose). O mote do primeiro ato fica na aposta de Rose na carreira de June com o passar dos anos, deixando Louise sempre em segundo plano. Renata Ricci, que interpreta June já crescida, soube bem como dar vazão aos problemas de uma artista teen que vive o sonho da própria mãe. As coisas só mudam mesmo já no final do primeiro ato, quando June decide abandonar a mãe para tentar uma carreira mais sólida. Grande momento onde Totia encanta em grande interpretação e ao cantar “A Vida Será Cor-de-Rosa”, versão de Botelho para “Everyting’s Coming up Roses”. Totia, aliás, consegue em Gypsy mostrar todos os seus dotes de atriz que canta (muito) bem. Mesmo já tendo protagonizado, em 2004, Cristal Bacharach, o grande momento de Totia é em Gypsy, onde mostra seus dotes em grandes números como “Gente” (“Some People”), “Um Quase Casal” (“Small World”) – em dueto correto com Eduardo Galvão – e, dentre outras, a supracitada “A Vida Será Cor-de-Rosa”. Totia pode.
O segundo ato representa a aposta de Totia na carreira de Louise, e marca também os momentos mais hilariantes da peça, protagonizados pelas três strippers Mazeppa (Sheila Matos), Electra (Ada Chaseliov) e Tessie Tura (Liane Maya) que, desde o primeiro momento em que entram em cena, já conquistam o público. O ápice das três é em seu número “Um Truque” (“You Gotta Get a Gimmick”). O sonho de fazer com que a filha torne-se uma estrela é tão grande que, na primeira oportunidade, faz com que a filha seja a atração principal do teatro burlesco em que se encontram após a falência do teatro de variedades, de onde vieram. Adriana Garambone tem seu segundo grande número (o primeiro é a delicada “Carneirinho”, versão de “Little Lamb”, que mostra que Garambone também é uma atriz que sabe cantar bem) quando faz a transformação da tímida menina Louise para a stripper divertida e desinibida Gypsy Rose Lee. O número “Deixa que eu te Encanto” (“Let me Entertain You”), que fora protagonizado por diversas vezes por June, tornou-se o ápice de Gypsy. Mas o grande ápice do espetáculo é de Totia. Já no final quando interpreta versão arrasadora de “Rose’s Turn”. “A Hora da Rose” é a hora de Totia, que provoca sentimentos dos mais variados ao encarnar a sempre complexa Mamma Rose. É o momento de Totia Meirelles que, junto a todo o elenco e produção, envolve do início ao fim de Gypsy.
Vale muito à pena conferir. fonte: http://www.brunoparticular.blogspot.com/




Álbum Alma Espírito!!!


Um ator compenetrado, disciplinado, concentrado em sua leitura e na sua personagem... Alguém acredita???




"Vídeo Arte" - "Gypsy" - "You Gotta Have A Gimmick" - Você tem um truque - Qual é nosso truque? Nosso segredo? Escondemos algo??? Pedido de Bruno! Ontem o Pedido foi da Marlene!




"Vídeo Arte" - Um pouco mais sobre "Gypsy" !

17 comentários:

Marlene disse...

Falando sobre outro "Gypsy", refiro-me ao povo cigano, este povo sofrido, perseguido e discriminado, incompreendido até, com muitos preconceitos acerca de seu modo de viver, diferente de nós, tidos como pessoas "normais" que estamos inseridos num sistema que, ás vezes, nos subjulga.
Eles têm um modo interessante de ver a vida, ou melhor, de sentir a vida, vivem meio que "Só por hoje", temos muitas coisas a aprender com eles. Me sinto atraída por esta cultura, por esse povo, principalmente, pela música e pela dança. É um povo que aprecia e vive todo tipo de arte, que respeita e ama a natureza, que aprecia um por do sol...

O grande lema do Povo Cigano é: " O céu é meu teto; a terra é minha patria e a liberdade é minha religião".

Salve o povo e a cultura "Gypsy"!

Bom dia a todos!

Bjs Bruno, desejo assistí-lo num musical seu, só seu...

Jacqueline disse...

Buenos Días, a todos

Realmente, Marlene o povo cigano é muito especial, sua cultura seu modo de ver a vida de forma simples e alegre e de contagiar, amo ver sua música e dança, quem sabe um dia arrisco alguns passos heheheh.
Viven la vida con alegría por siempre!

besos

Marlene disse...

Tengo el alma gitana.
Besos amiga

Jacqueline disse...

No tengo ninguna duda. hehehhe
besos amiga querida

Anônimo disse...

Si usted tiene alma gitana... a vivir conmigo en el desierto.
Besos.

Marlene disse...

Ya dio esta sugerencia, que no aceptó.
Besos

Anônimo disse...

Usted nunca me dijo que iba a ir al desierto conmigo.
¿Por qué hablar así ahora?

Marlene disse...

Por supuesto que hemos hablado de eso y me disuadió la idea ... ... esta encarnación los medios oportunos, abandonó la vida nómada para dedicarme a otras paradas ...

Anônimo disse...

Ahora por fin entiendo...
Encarnación: ... buena excusa!
Usted allí, yo aquí.
Por siempre solos...
De todos modos - mi corazón - es eternamente su.

Marlene disse...

¿Entiendes?? Yo no lo siento.
Tengo el alma gitana, soy libre para experimentar el amor, eres libre?
Usted aquí, yo aquí, no solos, juntos.

Anônimo disse...

Mi alma no es libre!
Prisionera de sí misma...
Siempre será sólo!
Es el infierno de mi vida,
mi castigo es la soledad!

Mi amor por ti es inmortal!
Cómo cree usted: nos vemos en otra vida ...

Marlene disse...

Lo curioso es que usted ha dicho mi alma es que era un prisionero de sí mismo....rsrsrs
Nada en la vida es inmutable, ¿recuerdas? Cualquier cosa puede pasar. Él tiene su libre albedrío puede utilizar a su favor y no en contra.

Anônimo disse...

Ambos almas son prisioneros de sí mismos.
Sus conceptos, sus reglas, sus verdades, sus dictados y sus errores.
Inmutable no saben nada en la vida es. Entiendo que cualquier cosa puede suceder y que el libre albedrío que nos pertenece, pero ¿puede usted comprender que minha'lma se refiere a un pasado que no puede cambiar?

Marlene disse...

No el mío. Lo he estado liberando lentamente, sin decir que vivir como un alma gitana, pero respirar libremente.
No entiendo hasta que me explique.

Azrael disse...

Mi vida es liberta.
No sólo mi alma.
Vivo lo que creo.

Azrael disse...

Mi alma es prision de mi voluntad.
Mi voluntad es libre en mi vida.
Cielos abiertos.
Suelo de arena.
Noches sin fin...
Eterno!
Ven conmigo...
Ámame... bajo las estrellas!

Marlene disse...

Esto es preocupante ...
Su misión está en el desierto, el mío está aquí.
Sol y la Luna
El agua y el aceite.
Y vivir anacoreta! Aplausos para él, ganó!