sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ESPÍRITO É CULTURA - SER OU NÃO SER MODERNO!

O que é modernidade?
O que é ser moderno?
Essa busca ultimamente anda em volga nas artes. Uma arte moderna, uma cultura com modernidade, mas o que seria isso exatamente?
O ser moderno como pessoa seria se vestir diferente? Usar roupas que ninguém usa ou que chocam? Deixar cuecas e calçinhas aparecendo? Misturar os estilos?
Estar totalmente dentro da tecnologia com celular, PC, TV de plasma, e outras parafernálias eletrônicas?
Aceitar tudo sem questionar?
Falar tudo o que pensa com ares de filosofia?
Seguir todas as tendências sem se importar com as conseqüências?
Afinal o que é moderno?
O que é cultura moderna?
Acompanhar todas as mudanças sociais e culturais?
Essa busca nas artes vem pelo menos aqui no Brasil desde a semana de arte moderna que ocorreu em 1922, faz tempo hein?
Artistas, autores, diretores, atores buscam novas linguagens, novos padrões, mas quais serão esse novos padrões? Quem sabe dizer com firmeza o que realmente se busca?
Hoje em dia vemos os avanços no cinema com vários efeitos especiais cada vez mais sofisticados, mas será isso o moderno? E o conteúdo onde fica ele é moderno? 3D é moderno?
Nas pinturas existem várias variantes, esculturas têm várias formas, mas como saber aquilo que é moderno? Diferente?
O teatro também tem tentado certas inovações com vídeos, maneiras diferenciadas de direção, transformar o antigo em moderno, há várias peças que são remontagens com roupagem nova. Isso é ser moderno? Muitos tentam outras leituras de antigos clássicos. Há peças de um minuto, teatros menores com no máximo 100 lugares, outros só de 60, 40 lugares, é inovar?
Na televisão as tentativas têm sido muitas. As novelas são as que mais têm sido atacadas por manterem sua concepção na mesma forma. Contudo muitas entram no ar com tons mais vibrantes, um ritmo mais acelerado de contar a história. O que antes levava a novela toda para acontecer, agora ocorre em capítulos cheios de ação e com muito humor. É a mesma história de sempre, porém estão tentando mostrar de uma outra maneira, ganha ares de vídeo clip ou de série americana. É modernizar?
Outros gêneros estão sendo propostos há algum tempo, são as séries, que estão ocupando espaço maior na grade das emissoras. A maioria de humor. Tentativas de renovação estão acontecendo, mas mesmo assim se olharmos tudo ainda pergunto onde está o moderno? O que é o moderno? É na edição, na direção, na atuação, no texto ou no conjunto todo?!!!
Quais são as propostas? O que querem dizer com ser moderno?
Nesta salada toda percebo que tudo está sendo válido para tentativas, há coisas que são feitas como sempre foram e fazem sucesso, há tentativas de novas linguagens que são rejeitadas pelo público, aquilo que seria uma grande droga se torna sucesso, o que pensávamos fosse estourar, não decola, a arte é uma caixinha de surpresas. Tudo depende do público também, ele aceita o moderno? O que o público quer realmente ver, apreciar? Qual seu humor hoje, o que ele aceita e rejeita, não tem como saber antes é só na tentativa.
O filme depois de lançado se naufragar não tem jeito, morre. O mesmo pode se dizer de uma nova pintura, escultura talvez não caia no agrado do público. Já uma novela ela pode começar mal e ser arrumada e conquistar a audiência, como já aconteceu com muitas. Peças de teatro podem estrear e depende do resultado da platéia, algumas coisas ainda podem ser mudadas.
O moderno é muito relativo, pois, há a aceitação do público ou não, seja moderno ou antigo. Penso que se houver uma boa história, um bom elenco, uma boa direção, boa proposta, conduzida de uma forma tradicional ou moderna, tem tudo para dar certo. Seja novela, peça de teatro ou um filme.
Afinal o que é o moderno? O que precisa ser modernizado? Somos modernos?

Vou falar rapidamente de duas novas séries que entraram no ar com tentativas de mudar e renovar a linguagem com propostas novas.
A primeira é “Aline” baseada nas tiras em quadrinho de Adão Iturrusgarai. Aline (Maria Flor) é uma garota nos seus 20 poucos anos que mora com seus dois namorados, Pedro (Pedro Naschling) e Otto (Bernardo Marinho). Ontem foi ao ar o segundo episódio. Cenas rápidas, em ritmo de clip, texto trilha um caminho diferenciado, mas ainda cai no clichê em algumas circunstâncias. Busca-se ser jovem o tempo inteiro, inclusive os pais da “Aline” tentam não envelhecer. O primeiro episódio teve um bloco inicial bem estruturado, mas caiu no resto da história. Já o de ontem foi muito melhor em ritmo com cenas bem elaboradas, mas como disse não consegue fugir dos clichês, mas quem consegue? Enfim é uma nova tentativa de modernizar a telinha! Conseguirão? Só o tempo dirá. Todas as quintas depois de “A Grande Família” na Rede Globo.

A outra série estreou no domingo “Norma” com Denise Fraga. Essa veio ligada na internet onde a audiência pode entrar e responder a enquetes, participar de debates, de chat com a atriz e com os autores da série e ainda podem colaborar com o texto da mesma participando do roteiro colaborativo onde a equipe de criação da série pede que nós continuemos a escrever uma cena proposta por eles. Interessante.
O primeiro episódio mostrou quem é Norma, sua filha Ana (Samia) e seu ex-marido Cláudio (Cássio Gabus Mendes) que não larga seu pé. E outro ponto a destacar é que durante o episódio há uma platéia comandada por Denise Fraga que discute as situações apresentadas pela série. Aqui se tenta uma inovação de vários lados. A amostra foi boa, bem conduzido, cenas engraçadas, e Denise Fraga segura bem a onda com o público, bem espontânea deixando as coisas acontecerem naturalmente. Uma boa pedida para o fim de domingo! Todos os domingos depois do “Fantástico” na Rede Globo.

Isso aí galera! Fim de semana com feriadão. Muito a fazer e nós da Cia vamos ensaiar no domingo e na segunda, afinal temos uma apresentação na próxima sexta às 21 horas no Teatro Plínio Marcos com “Rascunhos” a peça 4 em 1! Não percam!!!!

Galera quem é moderno?




Álbum Cia. de Artes Monteiro Lobato!!!
Os irmãos em cena!!! O que acontece a eles? Uma tragédia poderá separá-los? Aguardem em novembro "As Notas" nova produção da Cia. de Artes Monteiro Lobato!

O diretor ator em cena com Ana Paula nossa atriz convidada! Qual a relação dessas personagens???

Atores na concentração, Lucas espera o momento de agir e Jeferson desperta para a peça...

O elenco se esforça para que a cena seja boa... O diretor abaixo só de olho. Em cena Janaína, Maria Creuza e Lucas. Trio parada dura!!!!


"Vídeo Arte" - Cenas da série "Aline" !


"Vídeo Arte" - Cenas de "Norma" !


"Vídeo Arte" - Suzanne Ciani e Yu Chyi - "Turning" - Movimentando, girando... Assim é a vida tudo gira, tudo movimenta ao nosso redor e nós?




















6 comentários:

Pelé disse...

Quem é moderno não sei, mas acho que Ser Moderno é ser o que se é realmente, o resto tem outro nome : Vaidade.

Luigi disse...

Ser Moderno é você fazer as coisas certas, sem ser careta!

Lucas disse...

Ser modernos hoje em dia... Não ter preconceitos, Viajar muito, Falar várias linguas, Perceber sempre de novas tecnologias... andar de bicicleta em vez de carro

Bruno Cavalcanti disse...

Ser moderno... é bastante subjetivo. Há VÁRIAS visões de modernidade hoje em dia! Culturalmente falando ser moderno é ser "emo" (dentro da visão popular, lógico!). Há uma diferença entre ser moderno e "cool". Ser moderno é vc estar na moda, ou numa moda DAQUELE momento, já ser "cool" é você ser você mesmo fugindo dos padrões. Eu fujo muito dos padrões modernistas de hoje em dia. Gosto da paulicéia e ela é cool. Ler muito, viajar muito, falar diversas línguas, ir ao teatro, cinema, shows musicais, espetáculos de cacife da Broadway, uma coisa bem hollywoodiana, isso tudo é ser cool (e com mta grana hehe). Ser moderno não é não ter preconceito, ou aceitar diversidades, ou coisas do gênero... isso é ser humano! Ser moderno é vocÊ viver na sociedade hoje em dia sabendo o que está acontecendo e seguindo. Não gosto dess amodernidade. Agora, ser cool é outra história. Aline e Norma são cool, não são modernas, não são moda, não estouram na audiência e por isso, e só por isso, são bons programas. Quase tudo aquilo que não estoura na audiência e passa altas da madrugada é ótimo (vide Jô e David Letterman que, mesmo nos horários que passam, tem ótima audiência).

João disse...

Ser Moderno em Primeiro Lugar é não ser um Pseudo Intelectual Metido a Besta. Isso é Ser Muito Chato.

AnônimoJunior disse...

Será que ser moderno é construir edifícios cada vez mais altos, mas ter pavio cada vez mais curto; Será que é construir auto-estradas mais largas, mas ter pontos de vista mais estreitos; será que é comprar mais e mais, mas desfrutar cada vez menos.
O fato é que hoje multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, mas amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida.
No mundo moderno aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Construímos mais computadores para armazenar mais informações, mas temos menos comunicação. Vivemos tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; de lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, mas moralidade também descartável.
Texto de Rubens Fava (economista).
O texto acima, durante muito tempo foi divulgado pela rádio Jovem Pan em seu jornal matutino.
Ao ler sua colocação sobre ser ou não ser moderno... lembrei-me do texto e acho que ele reporta bem o que é a modernidade nos dias de hoje, a luta por vencer economicamente, sempre colocando o material acima do espiritual.
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