quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ALMA CULTURA - MYRIAM MUNIZ

Myriam Muniz
Trajetória da multifacetada atriz e diretora teatral
Paulistana descendente de portugueses e italianos, Myriam Muniz de Mello (1931-2004) tinha várias faces: enfermeira, atriz, produtora, diretora e professora de teatro. Não por acaso seu nome foi grafado de diferentes formas: Mirian, Miriam, Myrian e Myriam. Artista de grande talento, destacou-se pela veia cômica, embora também tivesse grande desenvoltura no drama.
Antes de se formar na Escola de Arte Dramática (EAD), em São Paulo, trabalhou como enfermeira no Hospital Samaritano. Também integrou o corpo de baile do Teatro Municipal de São Paulo. Formou-se atriz em 1961 e estreou no teatro com o espetáculo infantil “A Bruxinha Que Era Boa”, de Maria Clara Machado.
No mesmo ano, no Teatro Oficina, participou de “José, do Parto à Sepultura”, de Augusto Boal, com encenação de Antônio Abujamra. Após ter participado da Companhia de Dulcina de Morais, em 1962, Myriam entrou para o Teatro de Arena no ano seguinte, na montagem de “O Noviço”. Sempre com direção de Augusto Boal, a atriz explorou ainda mais sua comicidade em espetáculos como “A Mandrágora”, “O Tartufo”, “O Inspetor Geral” e “La Moschetta”. Em 1968, Myriam saiu do Arena e integrou o elenco de “Marta Saré”, com texto de Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, onde dividia o palco com Fernanda Montenegro.
Foi a partir desta época que ela começou a trabalhar não só como atriz, mas também como intérprete, diretora de teatro e de shows musicais e professora de interpretação. Dirigiu Elis Regina no show “Falso Brilhante”, Itamar Assumpção e a Banda Isca de Polícia em “Fugaz”, o grupo Raíces de America e a ópera “O Empresário”.
Em 1975, fundou junto com Sylvio Zilber, Roberto Freire e Flávio Império, o Teatro-Escola Macunaíma, em São Paulo. A escola teve uma fase de grande efervescência cultural, sendo um centro experimental de formação teatral, com diversos cursos de interpretação, leituras dramáticas e psicodramas. Nas décadas de 70 e 80 também foi professora de interpretação da Escola de Arte Dramática, da Universidade de São Paulo, onde dirigiu diversos espetáculos com seus alunos.
Nos anos 80, dedicou-se à direção e a participações no cinema e na TV. No cinema participou de “Macunaíma”, “Cléo e Daniel”, “Pequena Ilha da Sicília”, “Mar de Rosas”, “O Homem do Pau Brasil”, “Das Tripas Coração” e “Nasce uma Mulher”. Na televisão integrou elencos de novelas, seriados e casos especiais. Iniciou os anos 90 no elenco de “A História Acabou”, com texto e direção de Fauzi Arap. Em 1993, participou de “Porca Miséria”, comédia de Marcos Caruso e Jandira Martini.
Myriam teve dois casamentos, com Sylvio Zilber e com Carlos Henrique D’Andreatta. Teve dois filhos com Sylvio, Marcelo e Rodrigo. Myriam faleceu em São Paulo, aos 73 anos de idade, vitima de acidente vascular cerebral, em dezembro de 2004.
Sua trajetória artística está documentada no livro, "Giramundo: O Percurso de Uma Atriz - Myriam Muniz", organizado por Maria Thereza Vargas e que ganhou o Prêmio Shell de Teatro, categoria especial, em 1998. No primeiro aniversário de seu falecimento, as amigas Carmo Sodré, Muriel Matalon, Vânia Toledo, Angela Dória e Sandra Mantovani lançaram um DVD em sua homenagem, com uma entrevista feita em 1999, no apartamento onde ela então morava, em São Paulo.
Em 2006, a Funarte criou o "Prêmio de Teatro Myriam Muniz", estímulo e fomento à produção e à pesquisa de artes cênicas. No mesmo ano, o SESC publicou o livro "Arena, Oficina, Anchieta e Outros Palcos", com prefácio de Lauro César Muniz, sendo um dos depoimentos o de Myriam, sobre sua trajetória artística.
Carreira como diretora:
1971 - Cândido
1976 - Dorotéia Vai à Guerra
1977 - Torre de Babel (assistente)
1979 - O Banquete
1982 - O Reino Jejua, mas o Rei Nem Tanto
1984 - Boca Molhada de Paixão Calada
1984 - O Exercício
1985 - Raíces da América
1987 - A Grosso Modo
1999 – Fragmentos
Como atriz:
1961 - José, do Parto à Sepultura
1961 - Bodas de Sangue
1961 - Os Persas
1962 - A Revolução dos Beatos
1962 - As Lobas
1962 - A Bruxinha que Era Boa
1962 - Tia Mame
1962 - Chuva
1963 - O Noviço
1964 - Tartufo
1966 - O Inspetor Geral
1967 - O Círculo de Giz Caucasiano
1967 - La Moschetta
1968 - O Sr. Doutor
1968 - Animália
1968 - A Receita
1968 - Verde que Te Quero Verde
1968 - A Lua Muito Pequena
1968 - É a Tua Estória Contada ?
1968 - O Líder
1968 - O Negócio
1968 - A Caminhada Perigosa
1969 - Marta Saré
1970 - Tom Paine
1971 - As Sabichonas
1971 - Só Porque Você Quer
1973 - Fala Baixo Senão Eu Grito
1979 - Eva Perón
1988 - Pegando Fogo...Lá Fora
1991 - A História Acabou
1993 - Porca Miséria

Álbum Alma Espírito!!!

O ator no estudo de seu texto tenta entender quem é sua personagem, qual sua história, seu destino... Concentração, disciplina, empenho... Quem tem???
A lista das personagens, a caneta que faz sua parte dentro da dicção, uma cena, um momento de reflexão... O ser sem ser!!!


"Vídeo Arte" - Gunther and The Sunshine Girls - "Tutti Frutti Summer Love" Uma salada de frutas amor de verão - O amor é uma salada??? O amor é uma fruta??? Amor de verão tem futuro? Pedido de Fernanda.

5 comentários:

Anônimo disse...

O amor é uma bagunça, doce, amargo, azedo... mas misturando tudo fica bom rss....

É esse?
Não!!!
É esse?
Não!!!
É esse?
É!!!
Pêra, uva, maçã, salada mista
Diz o que você quer
Sem eu dar nenhuma pista
Pêra dá as mãos
Uva dá um abraço
Maçã beijo no rosto
E salada mista?
Um beijinho selinho na boca - Na boca?
Beija, beija, beija, beija
Essa brincadeira só não brinca
Quem não quer
De olho fechado não dá pra saber quem é
Quem tá de paquera e tem vergonha de dizer
Aproveita e tenta a sorte
Fazendo Uni Duni Tê
Uni Duni Tê
Salamê minguê
Sem querer querendo
Escolhi você

Marlene disse...

Todo Amor que Houver Nessa Vida
Cazuza

Composição: Frejat/ Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria

Marlene disse...

Os gregos antigos faziam oferendas à deusa Afrodite, a deusa do amor, com romãs, porque eles acreditavam que a romã era a fruta que alimentava o amor.

Já Madre Teresa dizia "O amor é a fruta da época de todas as estações e está ao alcance de cada mão. Qualquer um pode colhê-lo, sem limites estabelecidos.

Fico com a Madre, pois que não vejo romã com frequência....

Olá Patty!

Ótima sexta a todos!

Jeferson disse...

O meu nome tb tem varios tipos de como escrever.

Jeferson,Jefferson,Geferson,Gefferson,etccccccccccc

Marlene disse...

É verdade Jeferson, tem várias formas de escrever seu nome...e eu os traduzo assim: amigo, generoso, parceiro, "pau para toda obra", com uma disposição invejável...
Bjs e obrigada mais vez pelo vídeo.