quinta-feira, 24 de junho de 2010

ALMA CULTURA - SÉRGIO CARDOSO

Cardoso, Sergio (1925 - 1972)

Biografia

Sérgio da Fonseca Mattos Cardoso (Belém PA 1925 - Rio de Janeiro RJ 1972). Ator, diretor e cenógrafo. Homem de teatro identificado com a renovação teatral brasileira na década de 50, enérgico e vitalista em suas criações. Trabalha no Teatro dos Doze, Teatro Brasileiro de Comédia, Companhia Dramática Nacional e em funda a Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, responsável por uma produção
Já nas montagens escolares em colégios jesuítas, destaca-se fazendo imitações e cenas que entretinham a família. Aceita um convite para desempenhar Teobaldo, na montagem de Romeu e Julieta do Teatro Universitário, TU, conduzida por Esther Leão, em 1945. Forma-se em direito pela PUC/Rio em 1947.
Prepara-se para a carreira diplomática, ao vencer um concurso para desempenhar o protagonista de Hamlet, aos 22 anos, cuja estréia em janeiro de 1948 marca sua definitiva entrada para o teatro, pelas mãos de Paschoal Carlos Magno. Com outros colegas oriundos do amadorismo universitário funda, a seguir, o Teatro dos Doze, onde distingue-se em Arlequim Servidor de Dois Amos, de Carlo Goldoni; Tragédia em New York, de Maxwell Anderson, e Simbita e o Dragão, infantil, de Lúcia Benedetti, encenações de 1949 conduzidas por Ruggero Jacobbi em parceria com Hoffmann Harnisch.
No mesmo ano, seguindo Jacobbi em sua entrada para o Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, protagoniza O Mentiroso, também de Carlo Goldoni, outro significativo marco em sua carreira. Em 1950, interpreta Jean-Paul Sartre, Entre Quatro Paredes (Huis Clos), e Anton Tchekhov, em Um Pedido de Casamento, direções de Adolfo Celi.
No TBC integra algumas das grandes realizações da companhia, tais como Os Filhos de Eduardo; A Ronda dos Malandros, de John Gay; A Importância de Ser Prudente, de Oscar Wilde, em que é dirigido por Luciano Salce; e, com o mesmo diretor, atua em Anjo de Pedra, de Tennessee Williams, na qual divide todas as atenções com Cacilda Becker, criações também de 1950.
Faz a cenografia de O Inventor do Cavalo, de Achille Campanile, com direção de Luciano Salce, considerada inovadora para a época.
Novos sucessos o aguardam em Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, em 1951; assim como no duplo papel criado para Convite ao Baile, de Jean Anouilh; Arsênico e Alfazema, de Joseph Kesselring e, sobretudo, Ralé, de Máximo Gorki, vigorosa encenação de Flaminio Bollini.
Diálogo de Surdos, peça que Clô Prado escreve especialmente para ele, data de 1952, mesmo ano em que é escalado para a comédia Inimigos Íntimos, de Pierre Barillet e J. P. Grédy, e como o mensageiro de Antígone, com as peças de Sófocles e Jean Anouilh. Casado com a atriz Nydia Licia desde 1950 e sentindo-se desprestigiado na companhia paulista, o casal aceita encabeçar o elenco carioca da recém-criada Companhia Dramática Nacional, CDN.
Nesse conjunto, participa de A Falecida, de Nelson Rodrigues, com direção de José Maria Monteiro, em 1953, e A Raposa e as Uvas, de Guilherme Figueiredo, sendo dirigido por Bibi Ferreira. Em 1953, encena Canção Dentro do Pão, de Raimundo Magalhães Junior, arrebatando os prêmios Saci e Governador do Estado de São Paulo de melhor ator, despedindo-se da companhia.
Em 1954, ao lado de sua mulher, cria a Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, com um repertório nacional: Lampião, de Rachel de Queiroz e Sinhá Moça Chorou, de Ernani Fornari. Para reformar o antigo Cine Espéria, futura sede da companhia, aceita ir para a televisão e participar de montagens avulsas, como A Ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas, novamente sob o comando de Bibi Ferreira, em 1955. Finalmente, em 1956, é inaugurado o Teatro Bela Vista, com nova e reformulada versão de Hamlet, de William Shakespeare, encenação do próprio Sergio, elogiada pela crítica, em que é o protagonista, interpretação premiada com o Governador do Estado de São Paulo.
À frente do empreendimento, desdobra-se como ator, diretor e cenógrafo. Algumas grandes criações surgem então, como Henrique IV, de Luigi Pirandello, em 1957, em que é novamente premiado com o Saci de melhor ator, e Vestido de Noiva, encenação inteiramente distinta daquela de Os Comediantes. A necessidade de expandir o empreendimento leva o casal a longas excursões pelo país. Em 1960, o casal separa-se, a companhia se desfaz, e Sergio passa a aceitar trabalhos fora, como Calígula, em 1961, para a Escola de Teatro da Bahia, com direção de Martim Gonçalves.
Com Cacilda Becker faz A Visita da Velha Senhora, de Dürrenmatt, direção de Walmor Chagas, em 1962; Gog e Magog, de Roger MacDougall e Ted Allan, sob a direção de Alberto D'Aversa em 1964, e sua última aparição nos palcos: O Resto é Silêncio..., em que se autodirige em monólogos de Shakespeare.
Na TV Tupi protagoniza algumas novelas, alcançando reconhecimento nacional, como O Sorriso de Helena, O Cara Suja e, sobretudo, o dr. Valcourt de O Preço de uma Vida. Como o português Antônio Maria atinge o exterior, ganhando a Ordem do Infante D. Henrique do governo português.
Na TV Globo participa de O Santo Mestiço, A Cabana do Pai Tomás, A Próxima Atração, Assim na Terra como no Céu, Pigmalião 70 e Meu Primeiro Amor, trabalho interrompido pela morte súbita. No cinema, sua maior criação foi em Os Herdeiros, de Cacá Diegues, ao lado de Odette Lara, em 1970.
Sua encenação de Vestido de Noiva recebeu incontáveis elogios, como o do crítico Martins Júnior: "Assistindo à reprise de Vestido de Noiva pela Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, o que mais nos impressiona, por derrisão que provocar nossas palavras, é a encenação, é a moldura admirável que Sergio Cardoso deu à obra, a qual - e casos como este são raríssimos - é valorizada no palco, coisa que há muito não testemunhávamos em nosso teatro. Tirando magnífico partido da sonoplastia, da iluminação, projetando o palco além das quatro paredes que o delimitam e com um expediente simples, mas de notável efeito cênico - referimo-nos à faixa central iluminada - Sergio Cardoso e seus colaboradores conseguiram realmente criar o 'clima' sugerido pelo original e fazer mais do que o próprio Nelson Rodrigues seria lícito esperar".
Fonte: Itaú Cultural Teatro



"Vídeo Arte" - A Vida de Emily - Criação e improviso dos atores. Menina esperta se livra dos dois malas!!! Vai longe...


"Vídeo Arte" - Sérgio Cardoso em algumas cenas de sua carreira na televisão. Magnífica a sua transformação em "O Médico e o Monstro"!


"Vídeo Arte" - REO - Speedwagon - "Keep On Loving You" - Continuo a te amar - Nosso amor persiste ao tempo? Amor eterno? Incondicional? Onde achamos...???

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Oláa!
Meu video está ai!EBAA hahaha!
Entao mario amei fazer parte do grupo,achei MUITO legal!!!!!=]
Qualquer coisa é só falar!
BEIJOS!
Amanda